Pausa de quatro semanas do elétrico vem numa altura em que ainda falta um ano e meio até ao regresso da versão híbrida do citadino.
A Fiat anunciou a suspensão da produção do 500e na fábrica de Mirafiori, em Turim (Itália). Esse período arrancará hoje, 13 de setembro, e durará um mês. Será a primeira vez que o 500 deixará de ser produzido desde o seu regresso, em 2007. Em declarações à Reuters, a marca transalpina justificou esta pausa temporária no citadino elétrico com falta de encomendas, ligada com as dificuldades profundas que os produtores, especialmente os europeus, estão a sentir especificamente na produção de carros “zero emissões”.
Segundo a Jato Dynamics, a Fiat vendeu 74.885 unidades do 500 (a gasolina e o elétrico) na Europa entre janeiro e o final de julho deste ano, o equivalente a menos 24% face a igual período do ano anterior. Entretanto, a quota de mercado referente aos elétricos caiu para os 13,5% na Europa, menos 14,6% face a julho de 2023.
Recorde-se que o 500 a combustão, feito com base noutra plataforma, foi deixou de ser produzido há poucas semanas, em Tychy, na Polónia, porque não cumpria as novas normas de cibersegurança da UE. A Fiat optou por não investir no modelo antigo e preferiu adaptar a nova base do elétrico para uma versão “mild hybrid” a gasolina que será lançada, em princípio, apenas no início de 2026. Este 500 Ibrida será feito também em Mirafiori, fábrica que receberá um investimento de 100 milhões de euros de investimento. Esse valor que será sobretudo aplicado numa nova bateria para o 500e. Carlos Tavares, o rosto principal da Stellantis, disse que esta situação permitirá “aumentar significativamente a autonomia do 500e, ao mesmo tempo que reduzirá os custos”.