Os responsáveis da Jaguar Land Rover poderão revolucionar a marca na próxima década.
A Jaguar poderá tornar-se num fabricante exclusivamente dedicado a carros elétricos. Segundo os responsáveis da Jaguar Land Rover à Autocar, a marca britânica poderá prescindir de modelos de motor a combustão dentro de cinco a sete anos em detrimento de modelos 100% elétricos, como o I-Pace (na imagem). Um dos modelos elétricos na calha para os próximos dois anos é uma berlina elétrica para substituir o XJ no topo da gama. Este modelo será concorrente do Porsche Taycan e do Tesla Model S, entre outros.
Já o XE e o XF deverão ficar em catálogo até 2023, altura em poderão ser substituídos por um crossover elétrico ligeiramente maior que o Audi E-Tron. À luz deste plano, a segunda geração do I-Pace está prevista para 2025 e os SUV E-Pace e F-Pace serão descontinuados. O único que sobreviverá até 2027 deverá ser o J-Pace. Neste ciclo, o desportivo F-Type poderá ser substituído por um modelo elétrico. Estimativas internas apontam para que uma gama composta por quatro ou cinco modelos elétricos poderá representar vendas de 300 mil unidades/ano. Os novos modelos deverão ser feitos em Castle Bromwich, com base numa nova plataforma de tração integral MLA EV. As baterias feitas pela Williams Engineering e pela Unipart serão produzidas em Coventry.
A quebra de vendas atual poderá precipitar a Jaguar neste novo rumo. Este ano as vendas do XE e do XF caíram 25 e 17%, respetivamente. Nos SUV os números não são melhores: o F-Pace caiu 23% entre janeiro e agosto deste ano. O E-Pace apesar de estar a ter algum sucesso, não proporciona margens de lucro tão apetecíveis quando comparado com a restante gama da marca.