McLaren Speedtail é sucessor do F1

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Com carroçaria em fibra de carbono, o novo supercarro anuncia uma velocidade máxima de 403 km/h.

A McLaren apresentou o seu novo modelo: o Speedtail. Trata-se de um sucessor espiritual do F1 -modelo que se destacou na década de 1990 e que durante vários anos ostentou o recorde de carro de estrada mais rápido do mundo, com 391 km/h. O novo supercarro é capaz de atingir uma velocidade de ponta de 403 km/h, mas segundo os responsáveis da McLaren, o Speedtail foi concebido para os apreciadores do verdadeiro prazer de condução e não para bater recordes. Talvez por isso, surja apetrechado com elementos aerodinâmicos inovadores. O objetivo é ombrear com hipercarros como o Bugatti Chiron e não o de reconquistar o recorde de velocidade de ponta, atualmente na posse do Koenigsegg Agera RS. O Speedtail é limitado a 106 unidades (todas já com dono atribuído) a um preço próximo dos 2 milhões de euros (antes de impostos). Os compradores já tiveram a oportunidade de ver o carro ao vivo, num evento privado. A produção arrancará em 2019 e as primeiras entregas deste hiper-GT estão agendadas para o início de 2020. Desenvolvido pela divisão de operações especiais da McLaren, o Speedtail terá cada unidade personalizada. Os clientes serão convidados ao longo dos próximos meses para se deslocarem até ao McLaren Technology Centre para iniciar o processo. Os responsáveis da marca britânica dizem que o Speedtail não terá outras versões, como por exemplo um GTR.

O Speedtail tem uma silhueta em forma de gota e linhas fluídas, concebidas para a melhor performance aerodinâmica possível. Destaque para o formato das jantes dianteiras (de 20 polegadas – as traseiras têm 21), fechadas para ajudar a canalizar o ar para as várias saliências laterais. Os tradicionais espelhos retrovisores foram substituídos por câmaras que projetam imagens no interior. No modo de condução Velocity, as câmaras recolhem para o interior das portas e a carroçaria é rebaixada em 35 mm. Existem também dois ailerons ajustáveis integrados na traseira alongada, que dependendo da posição ajudam a travar ou a aumentar de velocidade. Graças à utilização de fibra de carbono flexível, as alhetas acionadas hidraulicamente fazem parte do painel traseiro do carro constituído por uma peça única. A frente é bastante “clean” e os faróis têm um formato plano. A pintura apelidada de Speedtail Silver é específica para este modelo.

As caraterísticas técnicas do Speedtail ainda não foram reveladas na íntegra mas já foi confirmado que o sistema propulsor híbrido reúne 1050 cv, que lhe permitem acelerar de 0 a 100 km/h em 2,7 segundos – tornando-se assim no modelo mais rápido de sempre da marca britânica – e atingir 300 km/h em 12,8 segundos. É quase certo que o sistema seja formado por um motor 4.0 V8 biturbo (o mesmo do Senna) com 800 cv a que se junta um motor elétrico, maior do que é utilizado no igualmente híbrido P1. Este novo membro da Ultimate Series da marca de Woking conta ainda com pneus específicos Pirelli P-Zero. Com uma estrutura e todos os painéis da carroçaria feitos em fibra de carbono, o Speedtail anuncia apenas 1430 kg de peso seco. O GT tem 5137 mm de comprimento (sendo 549 mm mais comprido que o P1), 1946 mm de largura e uma distância entre eixos maior do que qualquer outro McLaren.

Tal como sucedia com o F1, o Speedtail conta com três lugares (numa configuração 1+2), com o condutor ao centro. Existem compartimentos para transporte de bagagem à frente e atrás. O acesso é feito através de portas com abertura asa de gaivota. O interior do novo McLaren é opulento e parece o de um jato, quase sem botões. Ao todo há cinco ecrãs distribuídos em redor do volante de três raios, incluindo os de informação da instrumentação e infotainment. Os únicos botões, os dos comandos das janelas e de controlo dos níveis de velocidade/controlo aerodinâmico e do Launch Control, estão posicionados na consola central. Até os dois “co-pilotos” recebem apoios dos pés em alumínio. Há um vidro eletrocromático que permite controlar a quantidade de luz que incide no interior, escurecendo a parte superior do para-brisas.

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