AMG serão “eletrificados”, 4Matic e feitos na China

Mercedes-AMG A 35 L 4MATIC (2019)

Até ao início de 2021 todos os modelos desportivos da Mercedes contarão com alguma forma de “eletrificação”.

A Mercedes-AMG vai abraçar em força a “eletrificação”. O responsável máximo pelos modelos desportivos da marca de Estugarda disse à Road & Track que todos os AMG serão híbridos ou elétricos a partir do início de 2021. Tobias Moers está determinado em reduzir as emissões de CO2 e diz que o desenvolvimento de novas versões “eletrificadas” já está em várias frentes. O sistema adotado no novo GLS 580, com motor 4.0 V8 biturbo de origem AMG, no Salão de Nova Iorque, é o mesmo do GLE e GLS 63. “E é parte do futuro”, afirma Moers. “Penso que em 2025 a partilha sistema eletrificados será maior nos segmentos de performance em relação aos restantes. É fundamental a transição desse segmento para o futuro”, esclarece o homem-forte da Mercedes-AMG. Se por um lado existirão as versões base 45, sem qualquer tipo de “eletrificação”, as versões 65 farão a transição dos motores V12 para um sistema híbrido a partir de um V8. Pelo meio, haverá uma disseminação das versões 53, igualmente híbridas, já disponíveis no CLS, Classe E Coupé e Cabrio. Nas próximas semanas será lançado o AMG GT 53 de 4 Portas, com um 3.0 de seis cilindros biturbo a funcionar com o auxílio de um sistema EQ Boost, com função de motor de arranque/alternador a alimentar um sistema elétrico de 48V. O motor a combustão debita 429 cv e 520 Nm, mas o EQ Boost acrescenta à equação 21 cv e 250 Nm. O modelo “eletrificado” de referência será o AMG One, com um sistema derivado do carro de F1 formado por um 1.6 turbo V6 a funcionar em conjunto com quatro motores elétricos, para um débito combinado a rondar os 1000 cv.

O mesmo Tobias Moers em conversa com a Autocar admitiu que a próxima geração de modelos desportivos contará de série com um sistema de tração integral 4Matic. O patrão da AMG acrescentou que isso acontecerá inclusivamente com o próximo AMG GT, uma vez que a procura por modelos de tração traseira está a perder força. Moers dá o exemplo em relação aos Classe E AMG, gama na qual os 4Matic já representam 90% das escolhas. Recorde-se que o E63 AMG 4Matic conta com um sistema de tração integral que permite enviar 100% do binário para o eixo traseiro e que o E63S tem um modo Drift que o converte instantaneamente num tração traseira. Em 2020 chegará ainda versão mais “picante” do sistema AMG V8 no híbrido AMG GT 4 Portas para concorrer com o Porsche Panamera S E-Hybrid.

Entretanto, por ocasião da estreia do A 35 L 4Matic (com 306 cv e uma distância entre eixos 60 mm mais comprida, na imagem) no Salão de Xangai, a Daimler confirmou que produzirá modelos AMG na China a partir do final do ano. Atualmente, o A 45 convencional é importado da Alemanha. Mas o aumento da procura de clientes jovens pelos desportivos de acesso da marca de Estugarda fez o construtor reconsiderar. A versão longa A 35 L 4Matic será o primeiro a ser produzido pela Daimler em conjunto com o parceiro local BAIC. A produção chinesa de AMG deverá ficar apenas pelo segmento dos compactos. Recorde-se que a Mercedes já inaugurou uma concessão exclusivamente dedicada aos AMG em Pequim e está a caminho de o fazer em Xangai. As versões AMG para o mercado europeu continuarão a ser feitas na Alemanha.

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