O modelo foi revelado ao público no Salão Automóvel de Chicago em 1989.
Este ano comemora-se o 30º aniversário do Honda NSX, considerado um dos automóveis mais surpreendentes de todos os tempos. Ainda antes da década de 1990, as marcas japonesas já haviam lançado diversos modelos desportivos de renome como o Toyota 2000GT e o Nissan Skyline GT-R. Contudo, até a essa altura, nenhum deles possuía a capacidade de rivalizar com os desportivos europeus de marcas como a Ferrari, Porsche ou Lamborghini. Até ao surgimento do NSX – que poderá revisitar na edição #1 da autoDRIVE.
A história começa em 1984, no momento em que a Honda decide “brincar” em redor da ideia da construção de um superdesportivo do futuro. De forma a cumprir a façanha contratou a Pininfarina, estúdio conhecido por desenhar alguns dos mais bem-sucedidos desportivos europeus. O nome atribuído ao concept foi HP-X, acrónimo de “Honda Pininfarina eXperimental”. A maior inovação deste estudo foi, sem dúvida, o design com linhas suaves e fluídas que favoreciam uma boa eficiência aerodinâmica. Graças ao sucesso que o HP-X acabou por alcançar, a Honda avançar para a produção de um superdesportivo que fosse divertido, simples e prático, completamente diferente de tudo o que existia até então. O conceito desenvolveu-se e eis que surge o NSX, cuja sigla significa “New Sportscar eXperimental”.
O NSX foi desenvolvido e produzido por uma equipa liderada por Shigeru Uehara. Inicialmente, a Honda pretendia utilizar o fiável motor V6 presente no modelo Honda Legend contudo, a marca japonesa achou que a motorização não era suficiente. Resolveram então desenvolver um motor completamente novo com o auxílio da divisão desportiva da marca japonesa que, de 1988 a 1992, forneceu os motores dos famosos McLaren que corriam na F1. A concretização desse motor seria um V6 de 3.0 com 270 cv que utilizava bielas em titânio e possuía o sistema VTEC de distribuição variável da Honda. O chassis do NSX foi inteiramente produzido em alumínio (o primeiro carro de produção a utilizar esta solução) o que lhe permitiu emagrecer cerca de 200 kg quando comparado com um chassis em aço. Já o habitáculo do NSX era inspirado pelo avião de caça F-16, sendo que a posição de condução estava colocada mais à frente do que o habitual para permitir melhor visibilidade.
Como se tudo isto não chegasse, a Honda pediu a Ayrton Senna para dar ajudar no desenvolvimento do NSX. O piloto brasileiro acedeu ao pedido e o seu “input” contribuiu para incrementar as capacidades dinâmicas fazendo reparos do que achava estar incorreto ou mal afinado no carro. Os engenheiros da Honda confiaram nas sensações do piloto, aumentaram a rigidez do chassis e afinaram as suspensões já durante o desenvolvimento final.