Marca de Maranello ultrapassou pela primeira vez a barreira das 10 mil unidades vendidas num ano.
Desde que passou a estar cotada em bolsa de Nova Iorque em 2015, que a Ferrari aumentou o valor das ações de 52 para 168,20 dólares. A empresa tem vindo a tomar várias medidas que têm contribuído para satisfazer os investidores, nomeadamente aumentando a produção e apostando em modelos mais “mainstream” como o SUV Purosangue, previsto para 2021. Se no tempo da gestão de Luca di Montezemolo e mesmo de Sergio Marchionne a produção anual máxima foi limitada a 7 mil unidades, com o atual chairman John Elkann o ano de 2019 ficará para a história como o primeiro em que a Ferrari quebrou a barreira das 10 mil unidades. A marca de Maranello anunciou ontem que vendeu 10.131 unidades no ano passado, o que representa um aumento de 9,5% face ao anterior. Este resultado redundou numa receita de 4,1 mil milhões de euros e num lucro operacional de toda a atividade da empresa de 917 milhões. Apesar destes valores, as vendas da Ferrari não subiram em todos os mercados. Por exemplo, no vital mercado norte-americano caíram 3,3%.
Ao que parece estes números prometem não abrandar, com um calendário que prevê o lançamento de 15 modelos entre 2019 e 2022, associados a uma média de preços mais elevada. Ao virar da esquina, por exemplo, está o lançamento do primeiro SUV da história da marca italiana, o Purosangue (cujo direito pela designação está a ser disputado em tribunal com uma ONG), e o sucessor do hipercarro topo de gama LaFerrari. Com a imposição de limites ainda mais restritos de emissões de CO2 em solo europeu, a Ferrari será também obrigada a lançar mais híbridos. Apesar de atualmente ter apenas na gama o plug-in SF90 Stradale (na imagem), o objetivo é ter 60% da gama eletrificada até 2022. A marca transalpina está ainda a estudar o recurso a outras alternativas, nomeadamente hidrogénio e biocombustíveis. Os mais recentes relatos apontam ainda que a Ferrari poderá avançar com um modelo 100% elétrico.
Em jeito de curiosidade, no ano em que Enzo Ferrari morreu, em 1988, a marca vendeu 4001 carros.
