Honda CR-V 1.5 i-VTEC Turbo 2WD Elegance+Connect Navi

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Com muito espaço a bordo e excelente dotação de equipamento, a quinta geração do SUV nipónico honra as antecessoras tidas como bons exemplos de excecionais carros para a família, sobretudo orientado para o conforto. O motor turbo a gasolina, combinado com caixa manual e tração dianteira, não é um carro de ambições desportivas, embora exiba potência suficiente para favorecer muitos quilómetros de forma despreocupada.

O que é?

A Honda lançou o CR-V há 25 anos prestando especial atenção à funcionalidade e facilidade de utilização diária com espaço abundante para quem viaja no seu interior. Essas premissas permitiram-lhe ser até 2017 o SUV mais vendido do mundo – aproximando-se dos 10 milhões de unidades – sendo um especial sucesso no mercado norte-americano. Juntamente com Toyota RAV4, o CR-V é visto como um dos pioneiros do formato de SUV compacto de utilização urbana tal como o conhecemos hoje em dia.

Embora a base técnica seja completamente nova, é quase preciso um “olho clínico” para distinguir ao longe o antigo CR-V do novo modelo. Aliás, as dimensões são similares: 4,60 metros de comprimento, 1,85 m de largura (mais 4 cm face ao modelo anterior) e 1,69 m de altura. A capacidade da mala é de 561 litros (menos 20 litros do que antes), nesta versão de cinco lugares. Em termos estéticos, há um para-choques redesenhado na dianteira, novas jantes, um novo para-choques traseiro e farolins posteriores com um novo formato. A nova geração do SUV japonês é feita a partir da mesma plataforma do Civic, o que lhe permite beneficiar de uma grande habitabilidade – sendo, por ventura, um dos melhores nessa categoria. Além da base e também do sistema de infotainment, este CR-V de tração dianteira herda do Civic o (muito interessante) motor 1.5 de quatro cilindros turbo a gasolina i-VTEC Turbo de 173 cv e 220 Nm, associado a uma caixa manual de seis velocidades.

 

Para que serve?

Dos aspetos que mais nos convenceu no neste CR-V a gasolina foi a caixa de velocidades, devido ao seu excelente tato e por estar escalonada de modo a tirar partido da melhor forma do motor. As prestações são igualmente convincentes, tendo em conta que se trata de um modelo com 1480 kg (menos 3% face ao antecessor): 0-100 km/h em 9,3 segundos e uma velocidade máxima de 208 km/h. Outro dado relevante é o dos consumos: apenas de anunciar 6,6 l/100 km, fizemos uma média de 7,1. Contudo, em cidade ou o pé mais “pesado” é fácil aproximarmo-nos dos 10 l. Tendo em conta cilindrada, o motor 1.5 revela-se bastante disponível a baixos regimes e elástico a regimes intermédios. No entanto, é nessa altura que o binário algo modesto obriga a algum recurso à caixa com mais frequência.

Do ponto de vista dinâmico, o CR-V revela um ótimo compromisso entre agilidade e conforto, muito por via do bom chassis. A afinação da suspensão filtra de forma competente a maioria das irregularidades do piso, ao mesmo tempo que controla o adornar da carroçaria. Fator decisivo para essa assertividade é o recurso a uma suspensão traseira multibraços. Outro detalhe que favorece a experiência de condução é a excecional insonorização do habitáculo. O motor mostra-se mais do que suficiente para uma resposta afirmativa dentro dos limites de velocidade.

Por dentro, é onde se sentem mais alterações no CR-V. O interior é acolhedor e muito bem construído. O condutor tem um posto de comando alto e desafogado, dispondo de vários níveis de ajuste em altura dos bancos e do volante, além de ajuste lombar eletrónico de série. A ausência do túnel central no piso dos lugares posteriores reforça a sensação de conforto dos ocupantes, além de tornar o lugar do meio totalmente funcional para um adulto. Os ocupantes dos lugares traseiros têm muito espaço para pernas. Em termos de ajudas eletrónicas à condução, o sistema Honda Sensing, incluído de série, congrega os sempre úteis o aviso de saída involuntária de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito, cruise control adaptativo e travagem de emergência. O nível de equipamento intermédio Elegance Navi integra de fábrica, entre outros, o ar condicionado de duas zonas, infotainment Honda Connect com ecrã tátil de 7 polegadas (que melhorou ao antecessor), navegação da Garmin (nem sempre eficiente) e compatibilidade com Apple Carplay e Android Auto. Existe ainda inúmeros compartimentos de arrumação, incluindo uma gaveta entre os bancos da frente ajustável em três níveis e um generoso porta-luvas. Salvo alguns detalhes de ergonomia algo confusos, os comandos estão dispostos de forma racional e funcional, especialmente os botões físicos do controlo da climatização e do volante (embora estes últimos requeiram alguma habituação). Há detalhes algo dispensáveis, no entanto, como as decorações em plástico a imitar madeira e alguns plásticos menos nobres. O acesso ao interior é amplo, com as portas a abrirem a um ângulo até 90 graus.

 

Porque devo comprar?

Apesar de não parecer, o CR-V foi revisto de uma ponta a outra, nesta nova geração. O SUV japonês é um caso paradigmático de uma boa utilização do espaço interior na proporção com as dimensões exteriores. Esbanja conforto, qualidade de construção, modularidade e o motor a gasolina revela um bom compromisso entre performance e consumos. Menos bom é o funcionamento do ESP, muito alarmista, e pelo piso da mala numa posição algo baixa. Em suma, o CR-V está mais confortável e amigo da família do que nunca, mesmo nesta versão a gasolina sobrealimentada, que representa atualmente a opção de acesso à gama.

 

Que opções tenho?

A gama CR-V disponível em Portugal é composta apenas por dois motores, sem Diesel: o 1.5 turbo a gasolina aqui ensaiado, com versões 4×2 e 4×4 com 173 cv (esta com opção CVT que chega aos 193 cv), e a variante híbrida a gasolina 2.0 i-MMD CVT igualmente com opções 4×2 e 4×4. O valor de acesso do SUV é de 35.950 euros no nível Comfort. O híbrido 4×2 arranca nos 41.500 euros. A versão 4×4 mais barata é a Lifestyle com motor 1.5 turbo que começa nos 41.800 euros. A opção de sete lugares 1.5 turbo 4×2 parte dos 44.100 euros. O híbrido 4×4 tem um preço a iniciar nos 54.100 euros. O SUV está disponível nos níveis de equipamento Comfort, Elegance, Lifestyle e Executive.

Entre os principais concorrentes deste CR-V, destaque para o Mazda CX-5 2.0 Skyactiv-G de 165 cv 4×2 que começa nos 32.854 euros e para o Peugeot 5008 1.2 Puretech de 130 cv manual que arranca nos 31.380 euros.

 

Há desconto?

Até ao final de abril, apenas o CR-V Hybrid está sujeito a uma campanha promocional. A gama CR-V tem 7 anos de garantia sem limite de quilómetros e 7 anos de assistência em viagem.

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