Toto Wolff investe na Aston Martin

Toto Wolff

O responsável máximo pela Mercedes F1 terá gasto mais de 14 milhões de euros em ações do fabricante britânico.

Notícias da semana passada davam conta que apesar de fechado o negócio do investimento do milionário Lawrence Stroll (e dono da equipa de F1 Racing Point) na Aston Martin, que pagou 237 milhões de euros por 16,7% das ações da marca britânica, poderiam não ser suficientes para salvar a marca britânica. A estagnação do mercado provocada pelo coronavírus, originou o atraso do lançamento do SUV DBX e, por inerência, o perpetuar das suas dívidas da Aston Martin. Isto significa que os próximos seis meses poderão ser crítico para a sobrevivência marca de Gaydon. Contudo, há um novo “balão de oxigénio”, com o investimento de Toto Wolff – que é amigo de Stroll. O homem-forte da equipa Mercedes F1 terá investido 14,4 milhões de euros em 4,77% das ações do fabricante de luxo. Contudo, segundo um porta-voz do austríaco, este investimento será diluído durante esta semana a uma participação de 0,95% na empresa.

Este novo investimento parece indicar que a Aston Martin (que hoje com a estrutura da Racing Point já utiliza motores e caixas de velocidades da Mercedes) se tornará em 2021 uma equipa B da Mercedes F1, da qual Wolff tem 30% das ações e é responsável executivo. Esta proximidade entre a Racing Point e a Mercedes tem sido particularmente comentada por responsáveis de outras equipas, que mostraram, sobretudo durante a pré-temporada, algum desconforto com o facto de o carro da Racing Point ser muito similar com o Mercedes da temporada passada.

Outra coincidência ou não, é que o investimento de Wolff surge numa altura em que a Aston Martin está prestes a lançar o hipercarro Valkyrie e em que está em pleno processo de desenvolvimento de outro supercarro, o Valhalla – que será equipado com um novo motor de fabrico próprio TM01. Recorde-se ainda que a Mercedes-AMG fornece motores a carros de estrada da Aston Martin e que a Daimler tem uma participação na Aston Martin.

Wolff continuará de “pedra e cal” no comando da Mercedes F1. Essa decisão poderá implicar o prolongamento do contrato do campeão do mundo Lewis Hamilton com a equipa de Brackley.

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