Renault 4L portuguesas vão correr rali de clássicos em África

Team Renault 4L

Entre os quatro participantes está Pedro Matos Chaves, antigo piloto de F1 e bicampeão nacional de ralis.

Quatro portugueses vão participar na edição deste ano do East African Safari Classic Rally aos comandos de duas Renault 4L. A prova, que é considerado o mais exigente rali de clássicos do mundo, conta com cerca de 5 mil quilómetros de extensão que serão percorridos ao longo de nove dias pelas picadas do Quénia, com etapas diárias com cerca de 700 km (com 300 km em troços cronometrados). Esta décima edição da competição, que recupera o espírito do Safari Rally original, tem 48 equipas inscritas, formadas por pilotos de 15 nacionalidades. Um dos cabeças de cartaz é o norte-americano Ken Block que estará aos comandos de um Porsche 911. O East African Safari Rally arrancará no próximo dia 10 de fevereiro.

A Team Renault 4L 60th Anniversary – Portugal enfrentará esta dura odisseia com duas 4L quase totalmente de série, com 34 cv de potência a permitirem-lhe atingir uma velocidade máxima de 120 km/h. A direção é da fábrica (não assistida), assim como a caraterística caixa manual de quatro velocidades com a alavanca posicionada no tablier. Estas unidades receberam apenas melhorias na suspensão, alguns reforços ao nível da carroçaria e o equipamento de segurança exigido pela FIA. Recorde-se que o 4L chegou a alcançar o segundo lugar no Rally Paris-Dakar há 43 anos.

As equipas serão formadas pelas duplas Pedro Matos Chaves/Marco Barbosa e António Pinto dos Santos/Nuno Rodrigues da Silva. Matos Chaves notabilizou-se por ter chegado a correr na Fórmula 1 há precisamente 31 anos e por ter sido bicampeão nacional de ralis. O experiente piloto diz que o principal obstáculo desta prova são os muitos quilómetros a percorrer. Além disso “em termos de percurso, a verdade é que muitas das estradas são antigos troços do WRC, o que faz antever, desde logo, dificuldades para cumprir os tempos impostos, sem esquecer os lamaçais que teremos que ultrapassar e que serão, por certo, uma dificuldade acrescida. Mas a Renault 4L tem fama de passar por todo o lado e, por isso, só podemos partir confiantes que chegaremos ao fim deste que é um dos ralis mais exigentes e duros do mundo. Se acontecer, saberá certamente a vitória e será uma excelente prenda para a Renault Portugal, dignificando ainda mais o modelo”, confessa Matos Chaves. O outro piloto de serviço será o conimbricense António Pinto dos Santos que leva quase três décadas de participações de provas no WRC e, mais recentemente, em ralis de clássicos em vários pontos do globo.

O objetivo da comitiva portuguesa é chegar ao pódio final, como forma de homenagear o icónico modelo lançado pela Renault há seis décadas.

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