Alemães estimam introduzir o eFuel em modelos de produção daqui a dois anos, incluindo em clássicos.
A Porsche continua empenhada em manter vivo o motor a combustão e acredita que os biocombustíveis poderão ser decisivos nessa missão. Para mostrar as potencialidades do eFuel – um projeto que contribuirá para reduzir de forma significativa, segundo o construtor, as emissões de CO2 -, a Porsche estreou na Europa o seu modelo da referência da gama 718, o Cayman GT4 RS. O evento de demonstração GP Ice Race teve lugar em Zell am See, na Áustria.
Neste caso, a marca alemã utilizou gasolina renovável feita a partir de um biocombustível avançado derivado de restos de alimentos. A Porsche alega que com estes combustíveis sintéticos produzem virtualmente zero emissões de CO2 será possível a modelos já disponíveis no mercado reduzirem de forma mais rápida as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Os eFuel são produzidos com recurso a eletricidade gerada a partir da energia eólica. Os componentes da água são decompostos (hidrogénio H2 e oxigénio O2) por eletrólise. O hidrogénio é então processado com CO2 extraído do ar para produzir e-metanol. Na etapa seguinte, este é transformado em gasolina sintética em estado bruto, que por sua vez é transformada num combustível compatível com todos os motores a gasolina. O eFuel já provou as suas potencialidades em 2021 nos 911 GT3 Cup que disputaram a Porsche Mobil 1 Supercup.
A marca de Zuffenhausen tem estado a desenvolver este tipo de combustível a larga escala e já começou há poucas semanas a construir a primeira fábrica em Magallanes, no Chile – uma zona com condições ideais para gerar energia eólica. O projeto Haru Oni envolve ainda a Siemens Energy e outros parceiros internacionais. O projeto piloto espera produzir a partir deste ano cerca de 130 mil litros de eFuel por ano. Em 2024, os alemães querem produzir mais de meio milhão de litros/ano. Precisamente nesse ano, a Porsche tenciona colocar este combustível sintético em motores a combustão, incluindo em clássicos.
