Renault estreou Twingo há 30 anos

Renault Twingo

Primeira geração do citadino esteve no mercado durante 15 anos, tendo vendido mais de 2,6 milhões de unidades.

Faz 30 anos que a Renault mostrou o Twingo no Salão de Paris. A primeira geração do citadino foi marcante, pois mostrou que um carro para a cidade não tem de ser necessariamente “aborrecido” ou “baratucho”. Este revolucionário modelo do segmento A de apenas 3,43 metros de comprimento tinha como principais argumentos o espaço a bordo e o interior flexível – com bancos totalmente, bancos traseiros deslizantes (até 17 cm) e para-brisas afastado – num espaço apto a acolher cinco adultos. Já o exterior desta espécie de mini-monovolume caraterizava-se pelos faróis olhos de sapo e pelas cores pastel. Hoje não é fácil encontrar um exemplar em boas condições do modelo original, apesar do seu estatuto de ícone.

Lançado comercialmente em 1993, o Twingo foi desde longo um sucesso. Este concorrente do Fiat Cinquecento e do Peugeot 106, entre outros, tinha “goodies” como o teto de abrir, uma opção muito popular na época, além de ar condicionado.

Pelo meio houve várias edições especiais, tais como a Kenzo, que vinha acompanhada de uma caixa com lenços feitos do mesmo tecido dos bancos. Por falar nisso, além do revestimento em couro, o Twingo tinha opção de bancos em tecido de cores psicadélicas, como o Piranha. A juntar a isso, existiam inúmeros opcionais tais como barras de tejadilho, bola de reboque, jantes de liga leve ou um escape desportivo.

O Twingo foi um carro que ganhou especial fama junto dos solteiros, mas também como um segundo carro para a cidade, pois tinha muito espaço e modularidade para acomodar as compras. Além disso, dispunha de um ar futurista, que foi relativamente consensual na altura. Havia também aspetos muito criticados como o velocímetro digital colocado ao centro, que respondia de forma lenta, uma única escova limpa vidros dianteira ou o conforto dos bancos, que além de providenciarem pouco apoio, tinham um aspeto algo espartano. A juntar a isso, os vidros eram de abertura manual e elementos modernos como o ABS, os airbags ou o fecho central só passaram a integrar o equipamento de série na segunda série. Entre o equipamento de fábrica figurava o sistema de aquecimento do vidro traseiro, os vidros escurecidos, o rádio, o limpa-vidros traseiro e o fecho da tampa de combustível.

Em termos de motores, o Twingo (uma contração das palavras “twist”, “swing” e “tango”) tinha um 1.2 de quatro cilindros com 55 cv. A primeira geração esteve 15 anos no mercado, tendo representado mais de 2,6 milhões de unidades vendidas.

A importância do nome Twingo ainda hoje se faz sentir, uma vez que o modelo ainda pertence à gama, sob a forma de um citadino de tração e motor traseiro – atualmente disponível apenas na versão elétrica.

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