Último Charger a sair da linha de produção foi um Scat Pack Widebody e o derradeiro Challenger foi um SRT Demon 170.
Quase duas décadas depois e com mais de 2 milhões de unidades comercializadas, chegou ao fim a produção da atual geração (LD) do Charger e do Challenger. Os últimos exemplares desta dupla de sucesso com motor V8 da Dodge foram produzidos na semana passada em Brampton, Ontario (no Canadá).
O derradeiro Challenger foi um SRT Demon 170 num tom Pitch Black, segundo apurou a Road & Track. Já a última unidade do Charger foi um Scat Pack Widebody pintado na cor Destroyer Gray. Estes modelos marcam ainda a despedida da plataforma L, utilizada também pelo Chrysler 300.
O Charger foi lançado em 2006 e o Challenger em 2008, sendo que ambos os modelos de tração traseira notabilizaram-se sobretudo pelos motores 5.7 HEMI. As versões mais “extremas” SRT Hellcat, que chegaram em 2015, foram a “cereja no topo do bolo”, com um novo bloco 6.2 HEMI, a produzir mais 700 cv, a um preço ainda assim relativamente acessível.
Apesar deste fim já há muito anunciado, a Dodge não “matou” de vez os seus “muscle cars”. O Charger Daytona SRT Concept estreado em agosto deixa antever que a marca norte-americana enveredará por modelos elétricos. Aliás, o anúncio publicado no último Natal indica que haverá mesmo uma versão de produção do referido protótipo de três portas, ao que tudo indica em Windsor, no Canadá. Em outubro, a The Drive foi ainda mais longe dizendo mesmo que haverá uma versão a combustão deste carro, com um novo motor de seis cilindros em linha Hurricane – que em atuais modelos da Jeep e da Ram produz até 510 cv.
Já o Chrysler 300, descontinuado dias antes, será substituído de forma indireta por novos modelos 100% elétricos a lançar nos próximos anos.
A fábrica de Brampton será alvo de uma reconversão, tendo previsto o reinício da produção no final de 2025 com um novo Jeep Compass e outros modelos feitos com base na nova plataforma STLA Medium – capazes de acolher motores elétricos e a combustão.
