Aston Martin garante combustão até à próxima década

Aston Martin Vantage

Construtor britânico dará primazia a híbridos plug-in de base V8 e V12.

A Aston Martin decidiu adiar recentemente o lançamento do seu primeiro modelo elétrico de 2025 para 2027. Agora, o chairman da empresa britânica anunciou que o construtor sediado em Gaydon continuará a vender modelos a combustão até à próxima década, uma vez que é isso que os clientes querem. Em entrevista à Autocar, Lawrence Stroll acredita que a transição para a eletrificação total acontecerá, mas que será um processo mais longo do que o previsto.

Stroll diz que a futura gama da Aston Martin apoiar-se-á numa nova geração da tecnologia híbrida plug-in com modelos de base V8 e V12 – provavelmente continuando com a parceria técnica com a Mercedes-AMG, o que lhe permitirá ter acesso a opções com mais de 900 cv. O Valhalla será o primeiro modelo deste nova vaga de apostas “eletrificadas”. Essa mudança contribuirá para o cumprimento das normas de emissões de CO2, ao mesmo tempo que permitirá melhorar a performance dos seus desportivos. O gestor canadiano diz que estes modelos PHEV ficarão na gama até que a lei o permita, uma vez que a transição para os elétricos continua a enfrentar alguns desafios, nomeadamente uma procura inconsistente e em desaceleração, preços elevados e uma infraestrutura de carregamento insuficiente – fatores que colocam as marcas numa posição complicada para efetuar a referida transição ao mesmo ritmo em todo os mercados.

Dados divulgados ontem pela Rho Motion, via Reuters, referentes ao mês de março, mostram que as vendas de modelos eletrificados (elétricos puros e PHEV) aumentaram 12% a nível global, embora na Europa se tenha registado uma quebra de 9%. Só nos modelos “zero emissões” as vendas atingiram 1,23 milhões de unidades em março, com um aumento de 27% das vendas na China e de 15% nos EUA e Canadá. Segundo os especialistas da Rho Motion, após um crescimento exponencial dos modelos 100% elétricos, que ocorreu durante anos a fio, as vendas começaram a abrandar nos meses mais recentes, uma vez que os clientes estão à espera que propostas mais baratas cheguem ao mercado.

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