Mini Cooper SD 5p 2.0 170 cv

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O Diesel mais “espigado” da gama Mini Cooper de cinco portas conta com algumas atualizações importantes a registar, com destaque para o maior leque de personalização. Ainda é possível fazer Diesel com emoção?

O que é?

O Mini de cinco portas adotou as mesmas alterações introduzidas nas variantes de carroçaria de três portas e cabrio (cuja geração atual foi originalmente lançada em 2014). As principais diferenças a destacar neste F55 LCI incidem na renovada assinatura luminosa, na nova caixa automática, em alguns equipamentos e, sobretudo, em novas opções de personalização (do painel de instrumentos, forro das portas e saídas de ventilação), o que lhe confere uma maturidade significativa. Esteticamente, destaque para os farolins que formam a bandeira britânica, para logótipo renovado, novas jantes, acabamentos lacados no exterior e faróis de matrix LED. Por dentro, realce para os acabamentos em couro, novos revestimentos, novo volante multifunções de três raios, sistema de carregamento do smartphone por indução no compartimento do apoio central de braço e novas funções no sistema Mini Connected (tais como a ligação 4G de série, que permite informações de trânsito atualizadas). Devido ao seu posicionamento de preço, esta versão Cooper SD com motor 2.0 de 170 cv exclusivamente em associação com uma caixa automática de oito velocidades Steptronic (que começa nos 35.400 euros) coloca-se no topo da gama do modelo de cinco portas (mais 2 mil euros que a versão de topo a gasolina Cooper S de 192 cv). A versão ensaiada possui a variante desportiva da referida caixa automática que custa mais 250 euros. A unidade ensaiada conta com mais de 8 mil euros de equipamento opcional, o que faz com que custe 45.350 euros.

Para que serve?

Esta versão Cooper SD de cinco portas (900 euros mais cara do que na versão de três portas) é a versão Diesel de topo, dotada de um motor refinado e capaz em qualquer tipo de situação, mas que não deixa de providenciar o lado emocional que normalmente é associado a um Mini. Em termos dinâmicos, o motor conta um sistema common-rail atualizado e um turbo de dupla entrada (um sistema semelhante ao do BMW 320d) – que ajuda a uma entrega de potência mais linear. Pelo facto de ser um modelo a gasóleo, há uma versatilidade adicional de permitir consumos baixos, caso tenha algum cuidado com pedal do acelerador (no nosso ensaio registámos uma média de 6,5 l/100 km). O depósito é pequeno, mas dura bastante. Em autoestrada é possível baixar dos 5 l/100 km sem problema. Visualmente, a unidade ensaiada acrescenta o pacote John Cooper Works (extensível ao interior, por 2967 euros) e as novas jantes de dimensão 205/40 R18 de dois tons (528 euros), que o torna bastante especial. Por dentro, realce para o muito completo pack Connected Navigation Plus com ecrã de 8,8 polegadas (1829 euros), que confere bastante modernidade tecnológica a um modelo em si já evoluído e com personalidade vincada. O aspeto do interior é único, semelhante ao do cockpit de um avião. Em termos de espaço disponível, a carroçaria de cinco portas garante uma utilização para uma família pequena (até dois filhos) no quotidiano. Durante o ensaio notámos que foram sobretudo senhoras a virar a cabeça para ver passar este Cooper SD dotado de uma chamativa pintura em Emerald Grey metalizado (472 euros).

Porque devo comprar?

A condução do Cooper SD é surpreendentemente civilizada. A suspensão garante um grau de conforto assinalável, sobretudo em estrada aberta. Em cidade, em piso mais degradado o pisar ressente-se. Os modos de condução à disposição permitem equilibrar da melhor forma o carro para que seja possível tirar o melhor partido dele em diferentes situações. O modo intermédio Med, que surge por defeito, é o que representa o melhor compromisso. À frente há mais do que espaço suficiente para os dois ocupantes e atrás podem viajar em conforto dois adultos sem problema. Os bancos são confortáveis e possuem bom apoio lateral. A posição de condução baixa e o “feeling” de condução, aliados ao motor e afinação do chassis mais desportivo, convidam a uma condução mais empenhada. O chassis é excecional, com a frente muito firme. O nível de aderência e estabilidade em curva é muito elevado, assim como a precisão da direção, o que permite ritmos mais acesos sem problemas, apesar de ser um Diesel. O controlo de tração é suficientemente permissivo a ponto de permitir algumas derivas de traseira. Os excelentes pneus Pirelli Cinturato P7 são um auxiliar perfeito nesse sentido. A caixa automática (com patilhas no volante a permitir passagens totalmente manuais no modo Sport), apesar de desportiva, propicia passagens quase impercetíveis. Em contraste, o modo Sport faz o escape ganhar um som um pouco artificial e o tato dos pedais, em especial o do travão, é um pouco esponjoso.

Que opções tenho?

Entre os principais concorrentes do Mini é possível encontrar propostas premium como o BMW Série 1 (120d, de 190 cv e caixa automática desportiva de oito, disponível a partir dos 44 mil euros) e o Audi A3 Sportback (2.0 TDI de 184 cv auto, desde 43 mil euros) mas também propostas mais generalistas, mais acessíveis como o Alfa Romeo Giulietta (Super 2.0 JTDM-2 de 175 cv com caixa de dupla embraiagem, perto dos 38 mil euros). Em comparação, o Mini deverá ser mais giro que todos os rivais supracitados. Tem um motor bastante generoso (talvez até demais – ficará bem servido para um carro com estas dimensões com o Cooper D com um 1.6 a debitar 116 cv e com caixa de dupla embraiagem de sete relações, disponível a partir dos 28.800 euros), muito equipamento moderno, uma experiência de condução refinada, mas não é barato. Por isso, meça bem os prós e os contras.

Há desconto?

Esta versão Cooper SD não está entre as mais vendidas, por isso vale sempre a pena tentar um desconto junto do concessionário.

 

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