Skoda Fabia 1.0 TSI 110 cv Style manual

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Apesar dos módulos da plataforma MQB acrescentados à equação, como se comporta o Skoda Fabia com o motor mais potente “mil” a gasolina com 110 cv?

O que é?

Não há muitas diferenças a apontar face ao Skoda Fabia lançado originalmente há quatro anos. O renovado utilitário checo conta com alguns componentes herdados da plataforma modular MQB A0, nomeadamente uma atualização eletrónica que lhe permitiu incluir iluminação em LED à frente e atrás, um novo infotainment e novos motores do grupo VW, compatíveis com a norma WLTP. Por fora, além dos faróis bi-LED (muito eficazes, divididos em três segmentos), que despontam numa frente relativamente agressiva onde consta também grelha e para-choques redesenhados, e farolins traseiros em LED, pouco mais há assinalar. As mudanças são também muito subtis no interior, que continua a ser espaçoso, para um modelo do segmento B, mas fica a perder para as novas gerações dos “irmãos” Seat Ibiza e VW Polo – que viram a sua distância entre eixos aumentada em 2017 com a adoção da nova plataforma. A mala do Skoda ainda assim tem 330 litros à disposição, extensíveis a 716 litros com os bancos posteriores rebatidos. Outra vantagem é que atrás podem viajar dois ocupantes e um terceiro “encaixado” ao meio para percursos curtos. A qualidade de construção continua a ser um dos pontos a favor do Fabia, apesar de recorrer a plásticos duros por todo o tablier. Destaque ainda para algumas modificações decorativas, incluindo uns bancos em tecido com riscas, e uma tira em alumínio escovado no tablier – que abre o leque de personalização a um modelo caraterizado pelo interior muito sóbrio. Há muitos e bons espaços de arrumação à disposição. A unidade ensaiada, no nível de equipamento intermédio Style, é bem equipada, nomeadamente em termos de sistemas de segurança.

Para que serve?

A Skoda não quis revolucionar um dos seus modelos mais importantes, mantendo uma fórmula com sucesso em vários mercados. Por isso, decidiu apenas modernizar o seu pilar do segmento B (também disponível em formato carrinha), fulcral para a rentabilidade da marca checa. A grande novidade na gama Fabia que agora chega a Portugal é a ausência de opções Diesel. Na gama ficaram apenas motores “mil” de três cilindros a gasolina. Como tal, a versão mais apelativa deverá ser a que ensaiámos: o 1.0 TSI turbo com 110 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidades. Como seria de esperar, o comportamento do Fabia nesta versão é suave e preciso. Rolando a 130 km/h, o motor atinge as 3000 rpm, dado que a sexta relação é bastante longa; o que beneficia sobretudo os consumos. Contudo, como não há milagres, a baixos regimes nota-se alguma falta de fôlego deste motor, que tem a sua melhor faixa de utilização entre as 1800 e as 3500 rpm. Em cidade, de forma surpreendente, os consumos não sobem muito além dos 7 l/100 km. No final do nosso teste registámos uma média simpática de 5,7 l/100 km. A suspensão mostra-se um pouco dura em pisos mais degradados, faltando alguma fluidez no “pisar”. E o comportamento dinâmico, apesar de ser bastante previsível e neutro, fica a dever em termos dinâmicos aos dois “irmãos” do grupo, mais evoluídos. Apesar disso, o Skoda mostra uma boa qualidade de rolamento – ideal para viagens mais descontraídas em estrada aberta. A direção é manifestamente boa, denotando uma evolução face ao antecessor. O motor “mil” não emite demasiada vibração mas, apesar de estar relativamente bem isolado de ruído, a sua sonoridade sempre presente torna-se difícil de ignorar. A caixa de velocidades é leve no manuseamento e precisa na engrenagem.

Porque devo comprar?

A Skoda optou por apostar num Fabia com um motor 1.0 TSI com 110 cv quando a VW aposta num Polo com motor de 115 cv. Talvez esta decisão pretenda reforçar a demarcação entre os produtos dentro do grupo. Os importadores resolveram diversificar a oferta de forma a dificultar a escolha, não havendo versões idênticas dentro do grupo para este conjunto motor/caixa manual. O Polo só está disponível com versão DSG que é mil euros mais cara que o Fabia DGS. A Seat não tem em catálogo uma versão Style (intermédia) com o “mil” de 115 cv, apenas a de 95 cv. Esta opção mais potente do 1.0 TSI surge apenas nos níveis mais equipados Ibiza Xcellence e FR. Ainda assim, o Ibiza Xcellence é apenas 500 euros mais caro que o Fabia Style (menos equipado, sublinhe-se) com o mesmo motor. Isso não abona em nada a favor do modelo checo, uma vez que o modelo catalão conta com uma nova plataforma, que lhe permite ser mais espaçoso e manifestamente mais divertido de conduzir. O Fabia proporciona uma experiência de condução menos envolvente.

Que opções tenho?

Apesar de estar num segmento muito concorrencial, onde a própria concorrência interna é feroz, o Skoda Fabia continua a ter o seu público fiel e bem definido. No novo modelo, o preço base da versão 1.0 TSI de 110 cv manual é 17.741 euros na versão Ambition (mais 3300 euros que o atmosférico 1.0 de 75 cv, a versão de acesso). A unidade ensaiada, no nível de equipamento Style, é 1500 euros mais cara que a versão base. Independentemente do nível de equipamento escolhido, incluindo o de topo Monte Carlo, existe uma opção com caixa de dupla embraiagem DSG de sete velocidades, em média 1700 euros mais cara que a caixa manual. Pelo meio pode sempre optar pelo 1.0 TSI de 95 cv, apenas disponível com caixa manual (em média 700 euros mais em conta que o de 110 cv).

Há desconto?

Tente informar-se de possíveis descontos junto do importador da Skoda, que neste momento tem em vigor para todos os modelos a oferta de manutenção durante quatro anos (80 mil km).

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