Opel Manta poderá regressar em 2022

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Histórico coupé de tração traseira pode voltar com uma versão 100% elétrica.

Os rumores que dão conta da possibilidade de tornar a Opel uma marca mais vocacionada para a “eletrificação” não são de hoje, e a mais recente entrevista do responsável máximo do emblema alemão ao diário Augsburger Allgemeine são mais um passo nesse sentido e logo com o regresso de um nome histórico. Michael Lohscheller diz que depois do Corsa-e, Vivaro-e, Zafira Life-e e do Grandland X PHEV, é obrigatório haver um modelo mais emocional pelo meio. Depois dos bons resultados financeiros obtidos em 2018 (os melhores desde a fundação da marca de Rüsselsheim), volta a haver vontade em arriscar em modelos mais ousados. Essa ideia vem constando insistente em cima da mesa dos responsáveis da Opel que até chegaram a exibir protótipos do GT e do Monza – nomes icónicos do passado da marca. Contudo, face à realidade atual, há outro nome histórico com mais força para um eventual regresso. Em causa está o coupé Manta (lançado originalmente há 50 anos) que poderá regressar já em 2022.

O protótipo Opel GT X Experimental, um SUV elétrico desenhado por Mark Adams, dá pistas sobre o que poderemos esperar da identidade visual do novo Manta – sobretudo na secção dianteira e no interior, a que apelidou “Pure Panel”. A ideia original dos responsáveis alemães era fazer um modelo de tração traseira com motor a combustão. Contudo, face às mais recentes evoluções da indústria no capítulo da eletrificação poderão fazer com que o novo modelo possa ser 100% elétrico. A grande dúvida (e saudável, por sinal) do construtor neste momento é saber de quais plataformas da PSA escolher para a conceção do novo Manta. À disposição tem a CMP, para modelos mais pequenos, utilizada no Peugeot 208 e no novo Corsa, mas também a EMP 2, que serve de base ao Opel Grandland X e ao Peugeot 508. A CMP é teoricamente a hipótese mais forte, uma vez que é mais leve, mais barata e mais flexível (permitindo versões térmicas e “zero emissões”), embora seja para modelos de tração dianteira. Além disso, toda a parte tecnológica está desenvolvida, bastando adaptá-la ao novo produto. Nesse caso, teríamos um novo coupé com quatro metros de comprimento, que seria mais próximo de um Tigra, mas o nome Manta tem mais peso junto dos responsáveis e dos fãs da marca. Nesse caso, ao que tudo indica, o Manta contaria com um motor térmico 1.6 de quatro cilindros turbo com 220 cv. A este juntar-se-ia uma versão elétrica provavelmente com uma configuração diferente da que é utilizada no Corsa-e (que tem um motor elétrico a debitar 136 cv).

Além do coupé Manta, há outro nome histórico da Opel a comemorar meio século de existência, a berlina Ascona. Ambos pertencentes ao mesmo segmento, feitos na mesma fábrica e partilhando parte dos componentes, o Mante e o Ascona foram feitos para encaixar na gama entre o Kadett e o Rekord. Esta dupla caraterizava-se pelo baixo peso, contado com uma configuração de tração traseira e motor de quatro cilindros de colocação longitudinal. O Ascona era um modelo muito racional, cuja produção durou entre 1970 e 1988, com versões de quatro portas, sedan coupé de três portas e Caravan). O seu sucessor foi o Vectra. O Manta, por sua vez, herdou as linhas desportivas do GT, inspirada nos desportivos norte-americanos, embora num formato concentrado. Embora nunca tenho sido conhecido como um modelo de grandes prestações, o Manta teve versões que eram verdadeiramente lobos em pele de cordeiro, nomeadamente o Manta TE 2800 e o Manta 400. Tal como sucedeu com o Ascona, o Manta também durou três gerações (embora a segunda tenha sido a mais conhecida), nunca abandonando o formato de tração traseira. Teve continuidade no Calibra, a versão coupé do Vectra.

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