Autoeuropa retoma produção

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Fábrica de VW reabriu após seis semanas de paragem com menos trabalhadores e medidas de segurança reforçadas.

Depois de duas semanas de paragem, a fábrica da Auroeuropa retomou hoje a produção de forma faseada, com menos trabalhadores e menos turnos. Segundo adiantou Fausto Dionísio, o coordenador da Comissão de Trabalhadores da fábrica da Volkswagen, o regresso gradual à atividade (que estava suspensa desde 17 de março devido à pandemia do coronavírus) será adotado durante as próximas duas semanas com apenas dois dos quatro turnos e com horário reduzido. “Na primeira semana, no primeiro dia, trabalhamos três horas e, nos restantes, seis horas. O mesmo acontece na segunda semana, de 27 a 30 de abril. E os outros dois turnos, que ficam em casa de 4 a 10 de maio, rodam com aqueles que estão ao serviço”, esclareceu Dionísio à Rádio Renascença. Isto significa que dos 5600 trabalhadores da fábrica de Palmela, apenas 2300 voltam ao trabalho esta semana – rodando na semana seguinte com a equipa de serviço. Segundo o representante da Comissão de Trabalhadores da fábrica, para já, “não se prevê despedimentos”. A empresa recorreu ao “lay-off” para os trabalhadores que não regressem hoje aos trabalhos, mas com a totalidade da remuneração garantida.

Nesta fase de retoma, há também novas regras obrigatórias de higiene e segurança a cumprir por parte dos trabalhadores. “Há câmaras térmicas à entrada para os trabalhadores que não vêm de autocarro, verificação de temperatura. A fábrica está predisposta a melhorar o que seja possível. Por exemplo, temos cerca de 40 rotas de camionetas, vamos triplicar o número de camionetas porque o número máximo de trabalhadores por autocarro será de 17 trabalhadores”, adiantou Fausto Dionísio. 37,2 graus centígrados é a temperatura máxima definida pela Autoeuropa. Se estiver acima, o trabalhador não entra no autocarro da empresa ou nas instalações. O uso de máscara também vai ser obrigatório durante as horas de trabalho.

O regresso à normalidade na fábrica da VW só deverá acontecer em junho, com o regresso dos turnos de fim de semana (dois ao sábado e dois ao domingo). Apesar da perspetiva de retorno à normalidade, Dionísio refere que esta paragem já teve graves implicações, apesar de ainda não terem sido feitas contas aos prejuízos: “A Autoeuropa já perdeu mais de 30 mil carros, o que é um número considerável. Em termos de valores em euros, não lhe sei dizer. O que em termos de ‘cash-flow’ deve fazer mossa.”

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