Construtor sueco estima que em 2025 metade da sua produção será composta por modelos elétricos.
A Volvo vai lançar em 2021 no mercado nacional o seu primeiro modelo elétrico, que é também o seu modelo mais potente de sempre: o XC40 Recharge P8. Mas o CEO do emblema sueco, Hakan Samuelsson, adianta à Car and Driver que este abrirá caminho para uma gama completa de viaturas “zero emissões”, mais pequenos e maiores que o XC40. A Volvo já tinha dito que metade dos seus carros produzidos até 2025 serão 100% elétricos e Samuelsson justificou esta nova orientação com a perspetiva de os premium se poderem vir a tornar a franja de mercado de maior crescimento no futuro, “e nós estamos convencidos que o segmento premium será elétrico no futuro”. Como tal, atacar com um line-up totalmente elétrico “é mais inteligente da nossa parte do que tentar apostar numa quota de mercado num segmento de carros convencionais cada vez mais reduzida”. A aposta da Volvo incidirá, portanto, em modelos de vários segmentos, posicionados acima e abaixo do XC40. Sem estimar o formato a que se refere, o responsável máximo da marca sueca disse que o próximo modelo a ser aposta utilizará a mesma base CMA do XC40 e do Polestar 2 que estreará já em 2021 apenas no formato elétrico. Além disso, Samuelsson confirmou que a próxima geração do XC90 (na imagem, o modelo atual) terá uma versão elétrica e que haverá um modelo abaixo do XC40, um potencial XC20 (com base na plataforma SEA de origem Geely).
A médio-prazo a Volvo vai continuar a oferecer híbridos e PHEV, incluindo no próximo XC90 (a lançar em 2022), que segundo Samuelsson poderá vir a ser o último modelo da marca com opção de motor a combustão. “Depois dessa altura, quem sabe – talvez venham a existir mais e mais carros elétricos”. Segundo ele, “tudo dependerá da velocidade a que os clientes venham a aderir e do crescimento das infraestruturas de carregamento. A nossa ambição é definitivamente ter a gama totalmente elétrica antes que seja uma imposição dos governos”. Na Noruega, por exemplo, há o compromisso de suspender a partir de 2025 a venda de modelos a combustão (puramente Diesel ou gasolina). Em 2030 seguir-se-ão outros países, tais como o Dinamarca, Islândia, Irlanda, Holanda, Eslovénia e Suécia.