Designer revisita Renault 4L

Renault 4Lby Renan Legloire View Gallery 6 photos

Esta é uma visão moderna (e elétrica) do carro mais popular de sempre da marca francesa no seu país de origem.

Seja por culpa do cinema, dos protótipos esquisitos (como a Fourgonette que bateu o recorde de velocidade de Bonneville), de versões emblemáticas de competição Trophy ou do “buggy” Plein Air (originalmente encomendado pelo exército francês), o certo é que o Renault 4L tornou-se num dos ícones da cultura francesa e europeia. O modelo que chegou a ser fabricado na Guarda (em Portugal) esteve em produção durante mais de 30 anos, mais concretamente entre 1961 e 1994. Sendo que, com mais de 8,1 milhões de unidades produzidas, o 4L é o segundo carro francês mais vendido de sempre – ficando apenas atrás do Peugeot 206. Até o Papa Francisco tem um! A popularidade do 4L é tão grande que justifica, entre outras iniciativas de relevo, a realização há mais de uma década de um festival internacional em sua homenagem. Além disso, volta e meia circulam rumores que a marca francesa poderá recuperar a histórica sigla para um modelo moderno – quem sabe uma proposta 100% elétrica como o e-Plein Air, desenvolvido em 2019 em conjunto pela Renault Classic, Renault Design e Melun Rétro Passion (um especialista em peças para modelos clássicos da marca francesa).

Numa época em que o revivalismo é o prato do dia, o designer Renan Legloire propôs o regresso do 4L aos dias de hoje. Este “remake” traz um motor elétrico e mostra que a fórmula inicial ainda funciona 60 anos depois da apresentação do modelo original, pois a silhueta mantem-se inalterada. O designer foi mais longe na sua proposta e transportou para os dias de hoje de algumas das derivações mais emblemáticas do 4L, tais como a versão de corridas Cup, o “radical” Savane, o “descapotável” Safari ou o “chique” Pariesenne.

Concorrente do Citroën 2CV, o Renault “Quatrelle” é conhecido por ser um automóvel simples, barato e funcional, eficaz tanto em estrada como fora dela. Teve inicialmente um motor de 603 cm3 capaz de debitar 22,5 cv às 4700 rpm e de atingir uma velocidade máxima de 95 km/h. Com apenas 2500 unidades vendidas no seu primeiro ano de mercado, o 4L acabou por desaparecer do catálogo. Contudo, isso foi por pouco tempo, uma vez que em 1962, era lançada a versão Super com motor de 743 cm3 de 27 cv, associado a uma nova caixa de quatro velocidades e uma velocidade máxima que superava a barreira dos 100 km/h. Outra novidade foi a versão Fourgonette (furgão em francês) que tinha uma capacidade de carga incrementada. Em 1983, foram introduzidos os travões dianteiros de disco, bem como um motor de maior cilindrada, que equipava uma nova versão denominada GTL, com 1.108 cm3, 34 cv às 4.000 rpm e velocidade máxima de 122 km/h. Em 1991 chegam as versões TL, GTL e GTL 4×4, com tração às quatro rodas.

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