Citadino francês vai despedir-se no final da atual geração.
Os planos da Renault apresentados em conferência de imprensa na semana passada, com um “line up” provisório com cerca de 20 produtos (cobrindo quase todos os segmentos) a lançar entre 2021 e 2025, já tinha deixado no ar a ideia que alguns modelos da gama atual ficariam pelo caminho – incluindo o Twingo, o único citadino em catálogo. Agora, quando questionado diretamente pela L’Automobile Magazine acerca dos futuros citadinos, o CEO da Renault, Luca de Meo, confirmou que haverá nenhum sucessor direto do Twingo 3.
Isto significa que o Twingo lançado em 2014, que foi alvo de um facelift em 2019 e que viu a gama alargada a uma versão elétrica já em 2020, será descontinuado no final do atual ciclo de produto, sem sucessor à vista. Um dos fatores que contribuiu para este desfecho foi a não renovação da parceria da Renault com a Daimler. Apesar de ser previsível que a dupla Forfour/Twingo continue em produção na Eslovénia por sensivelmente mais três anos, a Smart vai descontinuar o Smart Fortwo já no final de 2021. Isto porque a nova geração de modelos da Smart passará a ser feita na China pela mão da Geely e a fábrica de Hambach (França) já foi vendida à Ineos, que fará aí o SUV Grenadier. De Meo reconhece que produzir uma nova geração de citadinos a título individual não é rentável.
Como tal, segundo deixa antever De Meo, o (difícil) objetivo da Renault será cobrir a franja de mercados dos citadinos com o novo Renault 5, que será um modelo utilitário 100% elétrico. Este Renault 5 “2.0” tem apresentação prevista para o final de 2023 e lançamento em 2024. Uma das premissas do novo “5” é o seu preço acessível, que deverá rondar os 20 mil euros, nos principais mercados europeus.
O Twingo foi originalmente lançado em 1992. A partir da terceira geração ganhou pela primeira vez uma opção de cinco portas e transitou de uma base de motor e tração dianteira para uma configuração de “tudo” atrás.
