Zero quer fim de carros novos a combustão em Portugal em 2035

Posto de carregamento rápido da Efacec em Guimarães

Associação ambientalista diz que os carros elétricos serão 18% mais baratos que os modelos convencionais em 2030.

A Zero pede que os carros novos vendidos em Portugal sejam 100% elétricos a partir de 2035 – o que implica o fim da comercialização de modelos Diesel e a gasolina (incluindo híbridos e híbridos plug-in). Segundo o estudo hoje divulgado pela Zero, os carros elétricos serão 18% mais baratos que os modelos a combustão em 2030. O estudo da autoria da BloombergNEF, feito para a Federação Europeia de Transportes e Ambiente (que a Zero integra), refere que já entre 2025 e 2027 os carros elétricos atingirão o mesmo preço dos modelos equivalentes movidos a combustível fóssil, mesmo sem incentivos fiscais. Os ligeiros de mercadorias serão os primeiros a atingir a paridade, em 2025. Seguir-se-ão os familiares de gama média e alta e os SUV que o farão em 2026.

Em comunicado, a associação ambientalista acredita que a queda no preço das baterias e a mudança para plataformas de fabrico específicas para modelos “zero emissões” por parte dos fabricantes permitirão “grandes reduções” nos custos de produção. Contudo, estas estimativas só serão concretizáveis se foram atingidas as economias de escala necessárias. “Para além da via da regulação, há toda uma panóplia de políticas públicas de estímulo aos automóveis elétricos que serão necessárias, como os incentivos fiscais criativos, a instalação de uma rede de carregamento ampla e densa, a limitação à circulação de automóveis a combustão no centro das cidades, e as metas nacionais”, segundo a Zero.

A Zero acredita que “com um pacote de políticas públicas apropriado, os automóveis a combustão podem ser totalmente retirados das vendas em todos os países entre 2030 e 2035”. Contudo, para que isso aconteça, a associação diz é necessário que a “quota de elétricos puros nas vendas totais” atinja valores na casa dos “22% em 2025, os 37% em 2027 e os 67% em 2030”.

A associação recomenda ainda a instauração de zonas no interior das cidades, não apenas circunscritas aos centros históricos, com “severas restrições” à utilização do automóvel privado com emissões, em particular a gasóleo, e reforço do serviço de transporte público bem como do apoio a modos suaves de deslocação.

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