XSR 125: esta é a mais nova criação do movimento que a marca denomina como “Faster Sons”, com a herança do primeiro modelo de 1955 e que, agora, renasce com o feliz casamento entre a tecnologia e as linhas “retro”. Com argumentos de peso, fomos experimentá-la pelo cenário urbano de Lisboa.
TEXTO: Luís Gonçalves Águedo FOTOS: Yamaha/Pedro Lopes
Inspirada pelo passado e construída para o futuro, é como se apresenta esta Yamaha XSR 125. Assim que a vemos, parece-nos imediatamente tratar-se de um “motão” de cilindrada superior. Para tal, contribui o aspecto robusto, os excelentes materiais aplicados e um visual característico, que nos remete para décadas passadas. Contudo, a tecnologia está presente em força, mas de forma discreta, contribuindo para melhorar a segurança, a performance, o conforto e a versatilidade pretendida para quem se desloca na cidade.
Assente num elegante e leve quadro “deltabox”, a XSR 125 é muito equilibrada, confiante e divertida de conduzir. O painel de instrumentos está todo reunido num mostrador redondo, de aspecto clássico mas, totalmente digital, elegante, de contraste invertido – fundo escuro e informações em branco – com luminosidade regulável. O mostrador apresenta todas as informações necessárias, desde a mudança engrenada, aviso de recomendação para velocidade de caixa seguinte, velocímetro, conta rotações, combustível, temperatura do líquido de refrigeração, dois modos de odómetro parcial e informação da média de consumos. Tudo isto pode ser acedido com dois discretos botões colocados nos lados do mostrador. De resto, a Yamaha indica consumos na ordem dos 2,1 l/100, um valor que parece ser bem realista, consoante o modo de condução adoptado.
A iluminação frontal e traseira é totalmente em LED, conferindo uma excelente visibilidade, durabilidade e consumo reduzido de energia.
Elemento natural: Cidade
A condução da YAMAHA XSR 125 é muito mais do que se poderia esperar desta cilindrada. Como “irmã mais pequena” das conhecidas XSR 700 e XSR 900, este modelo de entrada tem todas as linhas e características, que a tornam uma moto desejável para ficar connosco para sempre, mesmo que venhamos a ponderar adquirir cilindradas superiores. Extremamente leve e com materiais de primeira qualidade, naturalmente começamos a ter a sensação de conforto e segurança que esperamos e precisamos. A leveza sobressai de imediato em qualquer situação urbana. As acelerações são progressivas, as mudanças muito suaves e, na hora de travar, sentimos muita segurança, graças aos travões de disco nas duas rodas e ainda ao ABS de série.
As suspensões são muito adequadas aos pisos irregulares da cidade, o que contribui para uma utilização confortável. O banco é largo e comprido, dando para que um passageiro se sinta igualmente seguro e desfrute da boleia, sem sobressaltos e com todo o conforto.
A posição de condução é muito natural e convida a que nos sintamos parte de toda a estrutura, o que convém em todas as utilizações.
Amiga para a vida
A marca nipónica sugere que a Yamaha XSR 125, pretende ser uma forma de permitir aos motociclistas mais jovens – e aos menos jovens – que tenham um primeiro contacto para passarem mais tarde aos modelos mais “musculados” da gama XSR. Em boa verdade, mesmo que tal venha a verificar-se, podemos apostar com grande nível de confiança que, a XSR 125, é uma amiga para a nossa vida, da qual nunca haveremos de nos separar (a primeira que nunca se esquece).
Nunca esquecendo também as regras fundamentais “CBL” – Capacete, Blusão e Luvas, por esta ordem de importância – espera-se que esta moto sirva de escola de condução e iniciação a muitos, ficando prometido um sorriso permanente e contínuo, aos comandos dela (e de repente senti ter 18 anos de novo!)
MINI Ficha técnica
Motor: 124 cc (LC), SOHC, Monocil., 4 tempos
Potência: 15 cv @ 10.000 rpm
Transmissão: 6 velocidades , por corrente
Pneus: 110/70 R17 ; 140/70 ZR 17
Altura do assento: 810 mm
Peso: 140 Kg
Preço: 4,595 €
