Maserati A6 GCS/53 Fiandri Spyder leiloado por 3,4 milhões

Maserati A6 GCS/53 Fiandri Spyder

Modelo de competição de 1954 correu em França, Itália e nos Estados Unidos.

Nem só de corridas é feito o evento Le Mans Classic. Na edição deste ano a ArtCurial leiloou um Maserati A6 GCS/53 Fiandri Spyder de 1954 por 3,4 euros – o valor mais elevado deste ano no referido leilão.

Este exemplar com pedigree de competição, que tem a particularidade de nunca ter sofrido um acidente durante a sua carreira – apesar de ter participado em inúmeras corridas durante mais de meio século -, encontra-se em excelente estado de conservação. Isso faz com que seja um dos melhores e mais autênticos A6 GCS ainda existentes.

A génese do A6 original foi uma criação dos irmãos Maserati antes de abandonarem a empresa. O desportivo contava com um motor de seis cilindros em linha com 1.5 de cilindrada. As linhas desportivas eram conjugadas com uma carroçaria Pininfarina e faróis retráteis. Após a Segunda Guerra Mundial o engenheiro Alberto Massimino deu continuidade ao trabalho e em 1951 deu vida ao A6 GCS de competição com um motor 2.0 e carroçaria simplificada. Este carro debitava 130 cv às 6000 rpm graças a três carburadores – tendo chegado a contar com versões monolugar com diferentes motorizações, que o levaram a participar na Fórmula 2. Outro engenheiro, Gioacchino Colombo, vindo da Alfa Romeo e que foi artífice dos futuros motores V12 da Ferrari, terminou o carro em 1953, após aperfeiçoar a sua mecânica, especialmente ao nível do motor. O A6 GCS/53 (também conhecido como Sport 2000) alcançava 170 cv às 7300 rpm. Foram produzidas apenas 52 unidades deste carro. Muitas delas brilharam em competições de renome, tendo vencido a Mille Miglia ou o Targa Florio.

A unidade em questão, com o número de chassis 2071, foi entregue a Jean Estager, um “gentlemen driver” que correu em França e Itália. Após ter ganho várias corridas, vendeu o carro para a Venezuela, onde também brilhou, tendo passado depois pelos EUA. Em 1985 foi comprado por Richard Crump, um especialista em Maserati, que o mandou restaurar no Reino Unido. Nesse mesmo ano participou na Mille Miglia pela mão de um colecionador alemão e com Sir Stirling Moss ao volante. Depois disso, nunca mais deixou de correr em grandes eventos de clássicos, tendo também passado por Laguna Seca, o Tour Auto e em vários eventos no Mónaco.

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