Lotus Type 66 é um Can-Am dos dias modernos

Lotus Type 66

Com motor V8 de 830 cv, este carro inspira-se em modelo de pista “perdido” da década de 1970.

A Lotus trouxe à edição deste ano da Monterey Car Week, nos EUA, o Type 66. Trata-se de um modelo de pista que recupera o nome e o desenho de um estudo que Colin Chapman encomendou na altura em que estava a preparar um Can-Am, na década de 1970. Limitado a 10 unidades, custará 1,2 milhões de euros.

Apesar do visual retro, este modelo “perdido” é feito com base em tecnologia e componentes modernos. As cores vermelho, branco e dourado são inspiradas no Type 72 de F1, embora o motor seja um V8 de 830 cv às 8800 rpm e 745 Nm às 7400 rpm, com as válvulas tipo trompete à vista – algo caraterístico dos Can-Am. Para o efeito, o motor dispõe de componentes tais como a cambota, bielas e pistões em alumínio forjado. A carroçaria é em fibra de carbono e o chassis tem secções em alumínio extrudido, juntas coladas e painéis alveolares em alumínio. Entre os componentes modernos inclui-se a caixa sequencial de competição com seis velocidades, o sistema de travagem ABS e o equipamento de segurança. Destaque também para o trabalho aerodinâmico que lhe permite gerar mais de 800 kg de “downforce” a 240 km/h. Segundo a marca, este Type 66 tem uma performance equivalente à de um GT3 moderno, sendo que, por exemplo, em circuitos como o de Laguna Seca, poderá ser até mais rápido.

Durante a revelação do carro marcaram presença Emerson Fittipaldi (bicampeão mundial de F1) e Clive Chapman (diretor da Classic Team Lotus e filho de Colin Chapman). Caso o Type 66 tivesse efetivamente sido construído – só não terá sido porque Chapman estava dedicado sobretudo à F1 na altura -, é possível que Fittipaldi, que ingressou na Lotus em 1970, tivesse assumido o volante.

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