Atualizado “pocket rocket” passa a ter 280 cv e uma opção de caixa ZF de oito velocidades.
A Toyota mostrou o facelift do GR Yaris no Tokyo Auto Salon. A principal novidade neste modelo, que deverá estar disponível a partir de março e cujas primeiras unidades serão entregues a partir de junho, é a introdução na gama de uma opção de caixa automática de oito velocidades com conversor de binário, de origem ZF, chamada Direct Automatic Transmission. Esta nova caixa foi otimizada para efetuar passagens mais rápidas e tem uma afinação específica para uma utilização em pista, segundo o fabricante. Este modelo dotado de um novo “launch control” promete ser 0,3 segundos mais lesto nas acelerações de 0 a 100 km/h que o manual. É no fundo a materialização num modelo de produção da mesma caixa automática que a Toyota já tinha testado no campeonato japonês de ralis e no campeonato de resistência Super Taikyu.
Além da nova caixa, o GR Yaris recebeu uma especificação Circuit (a única que estará disponível na Europa) dotada de um sistema de arrefecimento melhorado – que consiste, mais especificamente, num radiador adicional, num intercooler com pulverização e um sistema de admissão redesenhado. Os modelos automáticos, cerca de 20 kg mais pesados que os manuais de seis relações, recebem um sistema de arrefecimento específico. Esses “coolers” são visíveis nas entradas de ar laterais. A juntar a isso, a Toyota introduziu no “pocket rocket” de tração integral GR-Four um conjunto de melhorias ao nível na suspensão e da rigidez da carroçaria (aumentando a quantidade de adesivo estrutural em 24% e os pontos de soldadura em 13%) para fazer face ao aumento de potência do motor 1.6 de três cilindros turbo – cuja responsabilidade não é apenas de uma nova afinação, mas também de um sistema de válvulas “reforçado”, válvulas de escape feitas de um novo material não revelado, um aumento da pressão do sistema de injeção direta, um novo sensor de pressão do ar de admissão e pistões redesenhados mais leves. O resultado é um aumento de potência de 261 para 280 cv, disponíveis às 6500 rpm. Já o pico de binário é de 390 Nm, mais 30 Nm do que antes, atingidos agora às 3250 rpm. Há ainda a referir um “novo” modo de condução Gravel, que é basicamente o modo Sport mas com outro nome. Este permite ter 47% de potência no eixo posterior (sendo que no Normal a distribuição é de 60/40 entre eixos). Já o modo Track, que recorre aos diferenciais, pode variar entre 40 e 70% no eixo posterior (quando antes se fixava numa distribuição equitativa 50/50).
Há ainda um conjunto de mudanças estéticas a apontar. No exterior, inclui um novo para-choques mais agressivo, com os tais “coolers” adicionais, uma nova grelha inferior. Atrás, realce para os farolins em LED redesenhados. Já no interior realce para mudanças mais profundas, com a configuração a ser mais centrada no condutor. O destaque principal vai para o painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas similar ao do GR Corolla, posicionado 50 mm mais abaixo que o anterior – de modo a não interferir com o campo de visão do condutor. O piso foi rebaixado por forma a que quem segue ao volante possa ter o banco numa posição 25 mm mais reduzida. Alguns botões também foram reposicionados, para facilitar o acesso.