O responsável pelo triunfo, com mais de uma hora de vantagem, foi Carlos Sainz, que se tornou no piloto mais velho a conquistar a prova.
À terceira (e talvez à última…) foi de vez: a Audi venceu o Rali Dakar com o RS Q e-tron, que se tornou no primeiro modelo eletrificado a vencer a emblemática prova. O carro comandado por Carlos Sainz e Lucas Cruz terminou com 80 minutos de vantagem relação ao segundo classificado Guillaume Mevius (da Toyota), ao cabo de 7883 quilómetros de condução fora de estrada, distribuídos por duas semanas de corrida. Mesmo não vencendo nenhuma das 12 etapas, o Audi de Sainz mostrou muita regularidade, tendo assumido a liderança ao sexto dia e nunca mais a largando até ao final. Sebastién Loeb, da Prodrive, foi o principal opositor de Sainz, mas os problemas do francês no último dia da prova deitaram tudo a perder, fazendo-o cair para o terceiro posto.
Este foi o quarto triunfo (todos ao serviço de fabricantes diferentes) do piloto espanhol no Dakar, que aos 61 anos tornou-se no vencedor mais velho de sempre da competição. Sainz, que já tinha ganho em 2010, 2018 e 2020, torna-se assim no terceiro piloto com mais vitórias na mais famosa prova de todo o terreno do mundo – ficando apenas atrás de Stephane Peterhansel (com 8 vitórias nos carros) e de Nasser Al-Attiyah (com 5). Aquele que é o primeiro modelo eletrificado a vencer no Dakar ficou em nono lugar em 2022 e em 14º no ano passado. Os outros dois RS Q e-tron que correram este ano foram comandados por Mattias Ekstrom e Stephane Peterhansel – embora tenham desistido ao longo da prova.
O RS Q e-tron é um carro elétrico 4×4 com extensor de autonomia, que utiliza um motor 2.0 de quatro cilindros turbo a gasolina herdado do DTM capaz de carregar a bateria em andamento. O conjunto debita 680 cv.
