Evolução do Alpine Alpenglow tem 340 cv a hidrogénio

Alpine Alpenglow Hy4

Contudo, o protótipo que utiliza hidrogénio como combustível terá ainda este ano o motor 2.0 de quatro cilindros substituído por um V6.

Em 2022 a Alpine deu a conhecer a primeira versão do concept Alpenglow, mas este fim de semana aproveitando as 6 Horas de Spa-Francorchamps a marca francesa exibirá uma evolução do referido protótipo do supercarro, totalmente funcional e com alguns “upgrades”, com direito a algumas voltas de demonstração.

Assim, o renovado Alpenglow, agora rebatizado Alpenglow Hy4, traz uma estética ousada, típica de um hipercarro e um chassis em fibra de carbono, embora o motor seja um 2.0 de quatro cilindros turbo de 340 cv, que utiliza hidrogénio como combustível. Fica, no entanto, a promessa que o Alpenglow voltará a aparecer nas 24 Horas de Le Mans, em junho – coincidindo com a apresentação do novo A290 -, mas desta vez com um motor V6, também a hidrogénio. Juntamente com a água injetada para reduzir as emissões de NOx, o H2 é injetado diretamente nas câmaras de combustão sob 40 bar (580 ps) de pressão, a partir de três tanques (um de cada lado do cockpit e um atrás) onde é mantido a 700 bar (10.150 psi). O motor de quatro cilindros em linha opera a 7.000 rpm (mais 200 rpm que o A110 R) e, segundo a Alpine, proporciona ao Alpenglow um desempenho equivalente ao de um automóvel a gasolina, incluindo uma velocidade máxima de 270 km/h. Embora este motor, que funciona com acoplado a uma caixa sequencial, seja adaptado a partir de um motor Renault/Alpine a combustão já existente para funcionar com hidrogénio, o próximo V6 está a ser concebido de raiz tendo em mente o hidrogénio. A Alpine afirma que está a concentrar os seus esforços na utilização de hidrogénio como combustível em vez da tecnologia elétrica com pilha de combustível a hidrogénio porque a sua potência específica, requisitos de arrefecimento reduzidos e semelhança em termos de sensação e som com um motor de combustão a gasolina fazem dele uma boa aposta para ser utilizado em competição.

Apesar de não referir abertamente que vai levar o Alpenglow para pista, a Alpine diz que está “atenta” às mudanças nos regulamentos das corridas, lembrando que os carros a hidrogénio serão poderão correr em Le Mans a partir de 2027, e que até a F1 poderá mudar para o referido combustível em 2031. Além disso, também dá a entender que o hidrogénio pode ser uma possível direção para os carros desportivos de estrada, o que está de acordo com as sugestões feitas pelo CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, no ano passado, sugerindo que a Alpine estava a trabalhar num hipercarro.

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