O primeiro modelo “italo-americano” com plataforma “francesa” poderá ser um crossover pequeno da Alfa Romeo.
O acordo entre a FCA e a PSA irá trazer diversas mudanças no que se refere à operacionalização da parte industrial nos dois grupos. Uma das alterações já anunciadas é a concentração de dois terços da produção em apenas duas plataformas, uma mais pequena na qual se espera a produção de três milhões de unidades por ano e uma média cuja produção poderá rondar os 2,6 milhões de unidades/ano.
A base pequena que será a CMP, desenvolvida pela PSA e utilizada em modelos como o DS 3 Crossback, Opel Corsa, Peugeot 208 e 2008. A arquitetura média será a EMP2, também desenvolvida pela PSA que é utilizada em modelos como o Citroën C5 Aircross, DS 7 Crossback, Opel Grandland X e os Peugeot 508, 3008 e 5008. A utilização destas duas estruturas já existentes da PSA possui a vantagem de permitir instalar todo o tipo de motorizações, com motores a gasolina, a gasóleo ou elétricos. Esta circunstância permite que a FCA consiga desenvolver novos modelos sem que sejam necessários grandes investimentos financeiros nas linhas de produção, o que proporcionará um incremento na capacidade de produção.
No caso do outro terço da produção, serão utilizadas plataformas já existentes em automóveis de maior dimensão como as pick-up da Ram ou os modelos maiores da Chrysler e Dodge. Plataformas específicas como a do Jeep Wrangler também serão mantidas. Quanto aos automóveis do segmento A, existem rumores de que ambos os grupos pretendem deixar de produzir esse tipo de modelos, sendo que a única exceção para já será o Fiat 500 elétrico (500e) que já se encontra numa fase avançada de desenvolvimento. Provavelmente, o primeiro modelo da FCA a utilizar uma base PSA (neste caso a CMP) será um novo crossover do segmento B da Alfa Romeo, previsto para 2022, que terá uma versão elétrica.
