Stellantis, a fusão entre FCA e PSA foi hoje formalizada

Carlos Tavares e Mike Manley

Quarto maior grupo automóvel do mundo junta 14 marcas e representa uma produção anual a rondar 8 milhões de carros.

A Stellantis, a empresa que resulta da fusão da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a do grupo PSA, nasceu hoje oficialmente. O novo conglomerado, o quarto maior da indústria automóvel a nível mundial (apenas atrás da Toyota, grupo VW e aliança Renault-Nissan-Mitsubishi), combina 14 marcas e prevê-se que terá uma produção conjunta a rondar os 8 milhões de carros por ano, com uma promessa de receitas acima dos 124 mil milhões de euros. Os emblemas da Stellantis serão: Peugeot, Citroën, DS, Vauxhall/Opel, Alfa Romeo, Fiat, Lancia, Maserati, Dodge, Jeep, Chrysler, Ram and Abarth. O portefólio do grupo vive de um equilíbrio entre marcas mais generalistas e algumas de posicionamento mais premium, assim como emblemas orientados para o mercado europeu e outros para os EUA.

Um porta-voz da Stellantis (designação apenas para fins corporativos) adianta que a fusão permitirá uma poupança de 2,65 mil milhões de euros, através sinergias várias e economias de escala. A nova empresa é repartida 50/50 entre a PSA e a FCA, sendo que o português Carlos Tavares assumirá o comando da Stellantis e a maioria dos membros do conselho de administração pertence à PSA – pelo menos durante os próximos cinco anos.

O negócio entre PSA e FCA foi provisoriamente estabelecido em outubro de 2019 e formalmente aceite pelos acionistas há duas semanas – que concordaram em 99% com as condições propostas. A União Europeia também já aprovou a fusão neste início de 2021. Apesar de já ser oficialmente uma empresa, a Stellantis só estará cotada em bolsa a 18 de janeiro em Paris e Milão e um dia depois em Nova Iorque.

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