Este exemplar de corridas de 1934 chegou a pertencer à coleção do rei Leopoldo III da Bélgica.
A Gooding & Company reuniu um conjunto excecional de carros clássicos para o próximo leilão que se realizará a 4 e 5 de setembro no palácio de Hampton Court, perto de Londres (no Reino Unido). O modelo que mais se destaca é, por ventura, um Bugatti que pertenceu à coleção do rei Leopoldo III da Bélgica.
Este Type 59, do qual foram construídas apenas oito unidades, é uma verdadeira “joia da coroa” entre os modelos de competição da sua época, tendo conquistado várias pole positions. Inclusivamente, aquele que foi o último carro de corridas da Bugatti na década de 1930, venceu o G.P. de Spa-Francorschamps em 1934. O Type 59 foi conduzido por René Dreyfus na temporada de 1934/35, na qual alcançou um terceiro lugar no G.P. do Mónaco. No ano seguinte, passou para as mãos de Jean-Pierre Wimille que venceu várias corridas em França. Retirado do ativo em 1938, foi nessa altura vendido ao referido monarca belga. Depois disso, o carro teve mais quatro donos. O carro nunca foi restaurado e exibe algumas das mazelas inerentes aos dias em que corria em pista.
Para este Type 59 de corridas, a Bugatti optou por utilizar uma caixa de velocidades de embraiagens secas, um chassis e carroçaria modificados. O motor é um oito cilindros em linha de 3,25 litros com carburadores duplos da Zenith, capaz de debitar 250 cv às 5000 rpm, em associação a uma caixa manual de quatro velocidades. Possui discos de travão de tambor nas quatro rodas, um eixo rígido com molas de lâminas no eixo dianteiro, amortecedores e uma suspensão traseira de eixo rígido.
Segundo estima a leiloeira, este que é provavelmente o carro de competição mais importante da história Bugatti poderá chegar aos 11 milhões de euros.
