Supercarro híbrido plug-in com 680 cv surge equipado com um novo motor V6 3.0 biturbo.
A McLaren diz que produziu o Artura, o primeiro carro híbrido de série, a partir de “uma folha em branco”. As novidades começam na plataforma em fibra de carbono (que contribui de forma decisiva para que o desportivo de tração traseira pese apenas 1498 kg) e passam pelo sistema híbrido (o P1 de 2012 era uma edição limitada) que adota um inédito V6 3.0 biturbo ultracompacto e colocado numa posição de 120 graus. A cabeça dos cilindros e o bloco utilizam um miolo feitos com recurso a impressão 3D, o que permitiu incluir um microcircuito de arrefecimento com 2 mm de espessura posicionado entre os cilindros. O combustível é injetado a 350 bar de pressão. O “red line” deste motor M630 é atingido às 8500 rpm. No módulo híbrido plug-in de 12V, o motor térmico de 585 cv e 585 Nm (190 mm mais curto e 220 mm mais estreito, além de 50 kg mais leve comparativamente com o antigo V8 4.0 biturbo) surge conjugado com um motor elétrico com design Axial Flux E, com 95 cv e 225 Nm. Este sistema compacto, com 15,4 kg e posicionado na caixa de dupla embraiagem de oito velocidades é do tamanho de um disco de travão. O conjunto debita um total de 680 cv e 804 Nm. O comprimento do conjunto das engrenagens foi reduzido em 40 mm, auxiliado pelo uso de uma embraiagem embutida em vez de uma unidade paralela, e também a marcha-atrás é executada pelo motor elétrico. O motor elétrico possui uma função importante de compensar o binário a baixos regimes e em acelerações mais lineares através de um diferencial elétrico ligado às rodas traseiras. Este e-motor é alimentado por uma bateria compacta, posicionada no piso do carro, atrás do condutor e protegida por uma estrutura em fibra de carbono, que possibilita circular em modo elétrico até 30 km e que utiliza tecnologia de refrigeração igual à do Speedtail. A bateria é composta por cinco módulos de iões de lítio e tem um total de 7,4 kWh de capacidade, sendo possível obter até 80% da carga em 2h30 numa tomada rápida.
A marca britânica confirma agora as prestações do Artura: 0-100 km/h em 3 segundos (apenas 0,2 seg. mais lento face ao hipercarro P1), 0-200 km/h em 8,3 segundos e 0-300 km/h em 21,5 segundos, além de ser capaz fazer ¼ de milha (402 metros) em 10,7 segundos. A velocidade máxima é de 330 km/h. À disposição estão os modos de condução E-mode, Comfort, Sport e Track, com diferentes afinações da suspensão e da direção. A caixa de velocidades integra um diferencial elétrico que permite trancar as rodas traseira individualmente, melhorando a tração. Entre o equipamento, o Artura inclui o cruise control adaptativo, o aviso de saída de faixa e atualizações de software “over the air”, etc. O sistema de infotainment MIS II inclui um ecrã de alta definição, compatibilidade Apple Carplay e Android Auto, um novo sistema de telemetria com funções para pista e um programa Variable Drift Control.
O Artura anuncia emissões de CO2 de 129 g/km. Tem uma garantia de 5 anos, a bateria (do módulo híbrido plug-in) de 6 anos/75 mil km e o plano de manutenção é de 3 anos sem custos.
