Supercarro híbrido V6 McLaren Artura pesa menos de 1400 kg

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Modelo plug-in com base em carbono debita 680 cv e anuncia até 30 km de autonomia em modo elétrico.

A McLaren revelou o seu primeiro híbrido de produção em série, o Artura. A marca britânica prevê que todos os seus carros sejam “eletrificados” até 2025 e este é o primeiro avanço nesse sentido. Para o efeito, a McLaren optou por utilizar uma plataforma totalmente nova. O Artura (cujo nome resulta da combinação das palavras “Art” e “Futura”, estará disponível ainda na primeira metade deste ano e posicionar-se-á na gama entre o GT e o 720S. Efetivamente, o Artura vem de certa forma substituir a Sports Series, que foi lançada em 2015 com 570S e que se vai despedir no final deste ano com a série limitada 620R.

O Artura é feito com base numa plataforma totalmente nova feita em fibra de carbono MCLA, acompanhada de uma carroçaria em alumínio. Para moldar o alumínio, a McLaren recorre a um processo a que chama de Superform, que é prensado a 500 graus. O tejadilho, por exemplo, é feito a partir de uma peça única que vem desde a base dos pilares A até ao topo do vidro traseiro. O carro pesa apenas 1498 kg – 20 kg mais leve do que o Maserati MC20, que não é híbrido.

Uma das principais armas do novo Artura é o seu sistema híbrido plug-in de dimensões compactas apoiado num motor V6 3.8 biturbo de 585 cv. Posicionado a 120 graus e totalmente construído em alumínio, este novo motor capaz de injetar combustível a 350 bar. O seis cilindros é 15 cm mais pequeno e 40 kg mais leve face ao oito cilindros da marca, o que possibilitou desenhar uma traseira mais compacta. O sistema de escape igualmente de dimensões mais contidas está posicionado numa posição mais central e a nova caixa de dupla embraiagem de oito velocidades é 40 mm mais pequena que a antiga caixa de sete relações. É precisamente junto à transmissão que está colocado o motor elétrico de 15,4 kg capaz de debitar 95 cv e 225 Nm. O sistema congrega um total de 680 cv e 720 Nm. O motor elétrico é alimentado por uma bateria pequena com 7,4 kWh de capacidade posicionada atrás dos bancos, oferecendo até 30 km de autonomia em modo elétrico (com um limite de velocidade fixado nos 120 km/h) e fornece energia para a “marcha-atrás” (que deixa de ser acionada mecanicamente). Os cinco módulos de iões de lítio que compõem a bateria possuem uma densidade energética 33% superior comparativamente com as que foram utilizadas no P1. Esta bateria pesa 88 kg e pode ser carregada em 2h30 numa tomada de tipo 2, sendo que o motor V6 pode ser utilizado para carregar a bateria durante a condução. Em modo híbrido, o motor elétrico evita o atraso da resposta do turbo e permite acelerações de 0 a 100 km/h em 3 segundos (0,2 segundos mais rápido face ao 570S), 0-200 km/h em 8,3 segundos (mais de um segundo mais lesto comparativamente com o 570S) e 0-300 km/h em 21,5 segundos. O sistema possibilita atingir 8500 rpm e a velocidade máxima é limitada a 330 km/h.

De modo a melhorar a aceleração lateral, a marca de Woking instalou um novo eixo traseiro multibraços dotado de um sistema ativo de controlo do amortecimento. A juntar a isso, há um inédito diferencial elétrico integrado na transmissão. Em modo Comfort, abaixo dos 40 km/h, o Artura pode recorrer apenas ao motor elétrico. Nos modos Sport e Track, o sistema está disponível na sua plenitude, dando prioridade à capacidade de aceleração em detrimento de poupar a bateria.

O primeiro elemento desta nova geração de supercarros conta com um visual que mistura elementos que remetem para o hipercarro P1, mas também para o 720S e para o modelo que vem substituir na gama, o 570S. O Artura vem munido de jantes de 19 polegadas no eixo dianteiro e de 20 no eixo posterior. Os travões carbocerâmicos são de série.

O interior do novo Artura é mais espaçoso face ao dos 720S, tendo havido maior cuidado com a qualidade dos materiais e menor recurso à fibra de carbono exposta. Possui bacquets ajustáveis eletricamente, além de uma coluna de direção e painel de instrumentos que podem ser movimentos em conjunto para a posição ideal. O volante não tem botões e no topo da consola central está um ecrã “flutuante” de 8 polegadas posicionado na vertical para operar o sistema de infotainment, capaz de efetuar atualizações “over the air” e um head-up display. Entre os sistemas de auxílio à condução, destaque para o cruise control adaptativo (opcional), aviso de saída de faixa, câmara de visão 360 graus, reconhecimento de sinais de trânsito e máximos automáticos.

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