Com 1914 cv, o modelo croata anuncia 0-100 km/h em 1,97 segundos e até 550 km de autonomia.
Após três anos de desenvolvimento, o concept C_Two evoluiu para o Nevera. O novo hipercarro elétrico da Rimac Automobili recebeu este nome inspirado numa tempestade mediterrânica. E não foi o nome que mudou face ao conceito original. O Nevera possui uma eficiência aerodinâmica 34% superior comparativamente com os primeiros protótipos. Existem painéis da carroçaria – incluindo o painel inferior, capot dianteiro, difusor traseiro e spoiler – que se movimentam de forma independente, de acordo com a circulação do ar. No modo Low Drag, o hipercarro croata possui um coeficiente de arrasto de 0,30 e melhora a eficiência aerodinâmica até 17,5%, e no modo High Downforce aumenta em 326% a “downforce”. A carroçaria também foi aprimorada de modo a proporcionar um melhor arrefecimento do motor e dos travões.
Este que é segundo modelo de produção da Rimac vem munido de quatro motores elétricos para um total de 1408 kW/1914 cv e 2360 Nm. Existe uma transmissão por cada eixo. O hipercarro de dois lugares promete ser o modelo de produção mais rápido do planeta, anunciando 0-100 km/h em 1,97 segundos, 0-300 km/h em 9,3 segundos e uma velocidade máxima de 412 km/h. Este modelo elétrico equipado com um pack de baterias de 120 kWh (desenvolvido pela própria marca) anuncia uma autonomia até 550 km (WLTP). O Nevera demora 22 minutos a encher entre 0 e 80% das baterias com um carregamento rápido a 500 kW. As baterias surgem integradas na estrutura do carro em fibra de carbono (de 200 kg), uma solução que permitiu melhorar a rigidez estrutural em 37%. O Nevera pesa 2150 kg, com o peso distribuído numa proporção de 48/52. O hipercarro vem equipado com travões carbocerâmicos da Brembo com discos de 390 mm e pinças de seis pistões. O Nevera possui um sistema de travagem regenerativa avançado, capaz de dissipar energia cinética através da fricção dos travões quando a temperatura da bateria se aproxima do seu limite térmico. Quando a fricção é muito quente, a travagem regenerativa é acionada automaticamente. O Nevera prescindiu dos sistemas convencionais de controlo de estabilidade e de tração, recorrendo em vez disso a um programa “All-wheel Torque Vectoring 2”, que permite canalizar um nível exato de binário necessário por cada roda, efetuando para o efeito 100 cálculos por segundo. O hipercarro elétrico utiliza um sistema steer-by-wire com vários níveis de feedback do condutor à disposição, que pode ser usado no modo ‘Driver Coach’ – um dos sete modos de condução à disposição – como ferramenta baseada em inteligência artificial. Este sistema usa uma série de sensores, câmaras e radares de modo a oferecer uma orientação sonora e visual em pista.
O interior do Nevera é minimalista, com três ecrãs TFT que concentram a maioria das funções. Estes permitem aceder a dados de telemetria em tempo real, que podem ser descarregados para o smartphone ou para o computador.
O Nevera tem uma produção limitada a 150 unidades e um preço de 2 milhões de euros por unidade. Os clientes poderão escolher entre as versões GT, Signature, Timeless ou uma versão mais personalizada Bespoke. A marca garante que não existirão dois carros iguais.
