Pagani diz não a supercarros elétricos

Pagani Huayra Tricolore

Marca italiana decidiu focar-se apenas nos mais tradicionais V12.

A Pagani iniciou a pesquisa e desenvolvimento com vista a produzir um carro elétrico em 2018, mas quatro anos depois decidiu abandonar esse projeto. Ouvido pela Autocar, o patrão da marca, Horacio Pagani afirmou que um hipercarro elétrico precisaria de uma bateria com 600 kg – mais de metade do peso do Huayra R, por exemplo. Segundo o gestor, esse é um peso a mais para um supercarro e seria algo que comprometeria a prazer da condução. Pagani, que para o efeito chegou mesmo a comprar um Tesla, acredita que um supercarro elétrico deverá ser mais do que simplesmente “performance crua”. Nesse sentido, de acordo com Horacio Pagani, é impossível produzir um elétrico com 1300 kg.

Riscada a hipótese dos elétricos, a Pagani vai continuar a produzir, como tem sido hábito até aqui, hipercarros com motor V12. Já em 2019, a marca tinha anunciado que utilizará o motor de doze cilindros de origem Mercedes-AMG – aliás, esse será o bloco a que animará o novo C10, cuja estreia está prevista para setembro.

O recurso a motores V12 não terá qualquer implicação legal nos próximos tempos, uma vez que a União Europeia anunciou no início deste mês que alargará o prazo para a transição dos supercarros para a eletrificação total de 2029 para 2035. Como tal, a Pagani continuará a investir em pesquisa e desenvolvimento neste tipo de modelos (na imagem o Huayra Tricolore) enquanto existir procura e enquanto o mercado assim o permitir.

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