Bloco de doze cilindros sairá de cena daqui a pouco mais de um ano na sua versão mais potente de sempre.
A Bentley confirmou o adeus do motor W12 que representou mais de 100 mil unidades produzidas ao longo de um período de 20 anos. O bloco 6.0 biturbo deixará de ser feito em abril do próximo ano, com a sua versão mais potente de sempre, com 740 cv e 1000 Nm no Batur, uma edição limitada a 18 unidades.
Esta versão trabalhada pela Mulliner conta com um sistema de admissão, escape, turbos e sistema de arrefecimento específicos, de modo a extrair mais 81 cv e 100 Nm face ao Continental GT Speed, a atual referência da gama da marca de Crewe. Além disso, o pico de binário é atingido logo às 1750 rpm e a pico de potência chega às 5500 rpm (mais 500 rpm do que antes). O W12 do Batur dispõe ainda de dois novos compressores dentro dos turbos, alimentados por uma ventoinha 33% maior. De modo a manter o ar frio, existem um novo sistema de refrigeração com mais 10 mm de profundidade e com uma nova estrutura interna que o torna 35% mais eficiente. Os turbos são então ligados a um sistema de escape redesenhado, juntando a isso um novo sistema de calibração do motor totalmente novo.
Lançado originalmente em 2003 com o Continental GT, o W12 foi passando debaixo do capot desde aí nas versões de topo de modelos com o Continental, o Flying Spur e o Bentayga. O motor resultou de uma junção de dois VR6 da VW. Ao longo dos anos, o recebeu tecnologias inovadoras, nomeadamente o sistema de desativação de cilindros, os turbos de dupla entrada, mas também sistemas de injeção direta e de injeção dupla. Ao longo do seu ciclo de produção, o W12 ganhou mais 37% de potência, 54% de binário e menos 25% de emissões de CO2.
Nesta fase de transição enquanto não chegam os modelos 100% elétricos, a Bentley apostará na eletrificação parcial da sua gama, por via da introdução de sistema híbridos plug-in. O sistema escolhido tem por base o EA824 V8 4.0 TFSI da Audi, com um motor elétrico incluído na caixa automática ZF 8HP.
