Modelo feito a pensar em famílias, o Classe B ganhou “sal” ao chegar à terceira geração. Antes mesmo do lançamento nacional em fevereiro, já tivemos opotunidade de experimentar o monovolume compacto da Mercedes-Benz com a nova combinação de um novo motor 200d de 150 cv co uma caixa 8G-DCT.
O que é?
O Mercedes-Benz Classe B nunca foi, verdadeiramente, um modelo que apaixonasse pela sua dinâmica, de resto, à semelhança do seu rival (e também pouco amado por quem procura veículos com emoção) BMW Série 2 Active Tourer. Afinal, são monovolumes, a sua primazia é o transporte de famílias que valorizam o conforto e viagens num ambiente mais cuidado. Contudo, a terceira geração do Classe B pode ajudar a alterar um pouco este paradigma e a levar a que os portugueses, na hora de comprar automóvel, possam pensar num MPV como este novo Classe B, em vez de um SUV, tão mais na moda.
Para que serve?
O B da nova geração chega em fevereiro (encomendas já disponíveis) e pretende satisfazer a clientela que aspira a ter um veículo familiar compacto premium que seja igualmente um modelo com chama. E este Classe B tem o que faltava ao Classe B da primeira geração (W245, de 2006) e da segunda geração (W246, de 2012): traços desportivos. De resto, no testdrive feito na ilha de Maiorca, verificámos que esse “sal” está presente no exterior, no interior e na agilidade do modelo.
Porque devo comprar?
No exterior, o Classe B ganhou um “look” mais acutilante (que o faz poder calçar jantes até 19”, ainda que as de série sejam de 16”), parecendo até, consoante o ângulo em que é visto, um Classe A (a quem vai buscar a plataforma). E ainda que o condutor se senta 90 mm mais alto do que num Classe A, podemos afirmar que este é o Classe B mais A de sempre. Há, inclusive, uma linha de equipamento AMG (meramente estética) que torna o modelo bastante apelativo. Ao vivo, esse pack causa uma ótima impressão e faz uma tremenda diferença para as unidades standard. Recomendamos.
O espaço para os ocupantes aumentou face à geração anterior, beneficiando de um aumento da distância entre eixos em 30 mm e de um comprimento 26 mm superior. Em termos da largura de ombros na frente, há agora também mais 33 mm disponíveis, ainda que o novo B tenha apenas mais 10 mm de largura que o B atual (esse ganho foi obtido graças à nova configuração das portas). Para melhorar a versatilidade, a partir de meados do próximo ano, os bancos traseiros poderão ser movidos ao longo de uma calha longitudinal em 14 cm, o que pemitirá variar a capacidade da mala de 455 a 705 litros. Com os bancos posteriores rebatidos, a bagageira cresce até 1540 litros.
No testdrive, experimentámos o B200 d de 150 cv (o B200 d da geração anterior debitava 136 cv e tinha uma 7G-DCT), um motor que a ritmos baixos, tipicamente de cidade, consegue trabalhar bem na casa das 1500 rpm, um regime amigo da economia. A velocidades de cruzeiro, o motor é competente para levar uma família em viagens de distâncias maiores. A nova caixa 8 G-DCT mostrou-se suave nas transições. Evolução notória é o caráter mais dinâmico do chassis que pudemos atestar, aproximando-se mais o seu comportamento ao do Classe A.
Que opções tenho?
Num interior sólido, este monovolume compacto, cativa pelo amplo tablier digital horizontal de assistência ao condutor, incluindo a função do MBUX de comando de voz (“Hi, Mercedes”). Há três versões diferentes do painel de instrumentos: dois ecrãs de 7” de série (17,78 cm); um ecrã de 7” e outro de 10,25” (26 cm); e uma versão de topo, widescreen, com dois ecrãs de 10,25”.
Em termos mecânicos, o Classe B no lançamento, apresenta-se com o novo bloco OM608 (ainda que a origem seja Renault), de 1461 cc, 116 cv e 7G-DCT (versão 180 d) e com o novo bloco Mercedes-Benz, OM 654, de quatro cilindros Diesel, norma Euro 6d-TEMP, montado transversalmente (que está no Classe A), de 1950 cc, nas versões 200 d (150 cv e 8G-DCT – o que guiámos) e 220 d (190 cv e 8G-DCT).
Entre as opções a gasolina, há o 200 (1332 cc de 160 cv e caixa manual de seis – mais tarde em opção a 7G-DCT). Posteriormente, chegará o gasolina 180 (1332 cc de 135 cv e 7G-DCT). A caixa manual só estará disponível no B 200, à semelhança do Classe A, prevendo-se que fique também disponível no 180 d no verão de 2019. A 8G-DCT é uma estreia no modelo.
Há desconto?
O B chega a Portugal a 16 de fevereiro, com preços estimados a partir de 33.000 euros (para o 180 d e 200). O 200 d deverá custar entre 39 e 41.000 euros. De momento, não há nenhuma campanha de desconto.
FICHA TÉCNICA
MOTOR
Tipo 4 cilindros em linha, gasóleo
Cilindrada 1950 cc
Potência 150 cv/3400-4400 rpm
Binário 320 Nm/1400-3200 rpm
TRANSMISSÃO
Caixa automática dupla embraiagem 8G-DCT
Tração dianteira
CARROÇARIA
Comprimento 4419 mm
Largura 1796 mm
Altura 1562 mm
Distância entre eixos 2729 mm
Peso 1535 kg
Mala 445-1530 litros
Depósito de combustível 43 litros
Pneus 205/60 R 16 (série)
PRESTAÇÕES
Velocidade máxima 219 km/h
0-100 km/h 8,3 segundos
CONSUMOS
EU/cidade (l/100 km) 5,5-5,2
EU/estrada (l/100 km) 4,0-3,7
EU/combinado (l/100 km) 4,5-4,2
Emissões de CO2 comb. (g/km) 119-112
PREÇO
39.000 a 41.000 euros (estimativa)
