Porsche desvenda aerodinâmica ativa do novo 911 Turbo S

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Destaque para a asa traseira com novas funções, incluindo um “airbrake”, ativada automaticamente em travagens a fundo.

O Porsche 911 Turbo S com 650 cv já está disponível para encomenda no mercado nacional, sendo que as primeiras unidades deverão chegar aos clientes no verão – e até lhe dedicamos um artigo na edição #31 da autoDRIVE, que se encontra nas bancas. Contudo, as evoluções no departamento da aerodinâmica ativa mereceram uma especial atenção nesta geração 992 do modelo desportivo, uma vez que este Turbo S é possivelmente o 911 com a aerodinâmica mais complexa de sempre. Sob a alçada da designação Porsche Active Aerodynamics (que estreou precisamente no 911 Turbo da geração anterior, em 2014) existem três elementos aerodinâmicos ativos: um lábio frontal no spoiler dianteiro, uma asa traseira com inclinação e extensão variável e novas lamelas ativas, também designadas por “flaps”, colocadas à frente dos radiadores dianteiros. Ao todo, existem oito configurações aerodinâmicas possíveis.

O desafio do construtor é o equilíbrio ideal entre a mais elevada “downforce” possível e o baixo efeito de arrasto. Na definição com vista a obter o mínimo de efeito de arrasto do 911 Turbo S, ideal para obter maior eficiência, o lábio dianteiro e a asa traseira recolhem e as aberturas dianteiras ficam fechadas. Este “set-up” contribui para o efeito de arrasto mais baixo possível – neste caso de 0,33. Do outro lado do espectro, há a configuração para alta performance. Aí, o spoiler dianteiro e asa sobredimensionada na traseira são esticadas ao máximo, contribuindo para aumentar a “downforce” em 15% – garantindo assim maior estabilidade a velocidade mais elevadas. Na posição Performance (com o modo Sport Plus ativado) a “downforce” é agora de 170 kg. O spoiler traseiro também funciona como “airbrake” – tendo sido concebido esticar automaticamente nas travagens a fundo a alta velocidade.

O lábio dianteiro divide-se em três segmento, apesar de ser uma peça única feita de plástico flexível (elastómero), que dobra com o recurso a atuadores. Para se obter o máximo de velocidade, apenas as extremidades se estendem de modo a incrementar a estabilidade, enquanto para a máxima “downforce” em curva todas as três seções esticam na íntegra. A velocidades mais lentas, nomeadamente em cidade, a unidade inteira retrai-se, facilitando a passagem por lombas, por exemplo.

A aerodinâmica ativa é modificada de acordo com a velocidade e do modo de condução selecionado: Eco, Normal, Sport e Sport Plus. Nesta geração do 911 há ainda um novo modo Wet a juntar aos demais, com uma configuração aerodinâmica igualmente específica. Nesse caso, o equilíbrio aerodinâmico é canalizado para o eixo posterior de modo a favorecer a estabilidade e menor distância de travagem em piso molhado.

Segundo o fabricante, estes elementos aerodinâmicos ativos também foram concebidos de modo a minimizar a turbulência no habitáculo quando o coupé tem o tejadilho panorâmico aberto ou quando, no caso do cabriolet, o tejadilho em lona está corrido para trás.

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