Eagle Lightwieght GT é o pináculo do E-Type

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Dois anos e oito mil horas de trabalho depois, esta é uma réplica de um dos modelos de competição mais importantes de sempre.

A Eagle começou a fazer as suas criações inspiradas em modelos da Jaguar em meados dos anos 1990, apresentando alguns dos E-Type mais especiais de sempre – tais como o Low Drag GT e o Speedster. Há até quem diga que a firma sediada em Sussex, no Reino Unido, está para a Jaguar como a Singer está para a Porsche. Agora é a vez de um modelo tão ou mais especial do que os outros, o Lightweight GT, uma homenagem aos carros de corridas da Jaguar da década de meados do século passado. Mais em concreto, o novo Eagle remete para o E-Type Lightweight de 1963, originalmente limitado a 12 unidades e todo feito em alumínio – 114 kg mais leve que o E-Type convencional, sendo considerado por muitos como o expoente máximo dos carros de competição da marca britânica. Trata-se de um carro tão especial que teve direito a seis unidades suplementares (em jeito de continuação da série original) feitas pela Jaguar Classic em 2014. Em 2017, um dos exemplares originais foi vendido por 6,6 milhões de euros.

Com efeito, esta reinterpretação da Eagle do mítico E-Type demorou dois anos a materializar, envolvendo mais de 8 horas de trabalho. Tal como sucede com outros modelos da Eagle, o Lightweight GT é feito com base na “carcaça” do E-Type da primeira série. Foram precisas 2500 horas para formar a nova carroçaria em alumínio através de um processo artesanal e, apesar da silhueta ser similar à do E-Type normal, há vários ajustamentos que contribuem para que este Lightweight GT tenha um aspeto mais musculado, com arcos das rodas mais pronunciados, soleiras das portas mais baixas e um para-brisas mais inclinado. Foram também introduzidos elementos modernos, tais como comandos dos bancos impressos em 3D, ar condicionado, novos suportes para os pedais, revestimentos em couro, além de uma posição de condução mais confortável e uma revisão completa da antepara traseira.

Este carro “ultra-leve” acrescenta ainda um escape da Inconel em titânio, além de vários elementos em magnésio, nomeadamente os cubos, cárter, caixa de velocidades e caixa de diferencial. A isso junta eixos de transmissão tubulares, suspensão de triângulos sobrepostos mais leve e uma bateria de iões de lítio. A Eagle usa ainda porcas giratórias em alumínio com três orelhas para reduzir a massa não suspensa. Em função disso pesa 1017 kg (apenas mais 57 kg face ao original).

Debaixo do capot está uma versão evoluída do motor 4.7 de seis cilindros em linha utilizado no XK, acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades. Mas há vários componentes feitos à medida, nomeadamente a cambota, pistões e bielas, sendo que o sistema de injeção de combustível é feito através de três carburadores Weber e de uma antecâmara em fibra de carbono. Estas alterações permitem que este E-Type alcance 385 cv às 5750 rpm e 508 Nm às 4000 rpm – chegando a uma relação peso/potência de 380 cv/tonelada. Graças a isso, promete cumprir a aceleração de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos e a uma velocidade máxima de 274 km/h.

O Eagle recebeu um ajuste na suspensão, adaptada aos pneus radiais, amortecedores ajustáveis da Ohlins com molas feitas à medida e afinadas para maior conforto para percorrer longas distâncias. Os pneus são réplicas dos Dunlop originais, mas maiores e mais largos, com jantes de 16 polegadas. Os travões, agora com servofreio assistido, contam com discos ventilados e pinças de quatro êmbolos AP Racing.

O preço não foi divulgado, mas, a julgar pelo valor histórico dos E-Type, adivinha-se que cada exemplar deste Eagle venha a atingir valores astronómicos.

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