O novo CEO, Luca de Meo, acredita que uma variante mais “radical” poderá reforçar o apelo pelo gama do segmento C.
Há algumas semanas circularam alguns rumores que a Renault poderia estar a equacionar prescindir do Mégane. De facto, os números de vendas do modelo caíram nos últimos três anos e em 2019 as 129.222 unidades na Europa equivaleram a cerca de metade das 270.381 do total de 2010, segundo os números da Carsalesbase. Contudo, apesar disso, segundo a Reuters, o novo CEO da marca francesa, Luca de Meo, não só quer manter de pedra e cal o pequeno familiar como quer reforçar a gama que será, doravante, segundo ele, “um pilar para as restantes apostas do segmento C”. O gestor ex-Seat está ciente que a Renault se tornou muito dependente de modelos utilitários como Clio e o Captur e não está disposto a perder o “comboio” ainda bastante relevante do segmento acima – que ainda é o “core” no mercado europeu.
De modo a atingir esse propósito, a proposta em análise neste momento é uma derivação crossover do Mégane, que poderá vir a ser introduzida já na próxima geração. Resta saber se a aposta incidirá numa carrinha de veia mais “radical” ao estilo da concorrente Ford Focus Active ou se, ao invés disso, será uma berlina de “calças arregaçadas” como igualmente rival Kia XCeed. Independentemente da escolha, de Meo está decidido em apostar noutro tipo de silhuetas na gama Mégane (cuja geração atual foi lançada há quatro anos) de modo a acrescentar valor. Este Mégane crossover será o elo de ligação entre o Mégane hatch e o Kadjar.
Por falar no SUV, no final de 2021 surgirá o substituto do atual Kadjar, que deverá estar disponível em dois tamanhos de carroçaria. Entretanto, no início do próximo ano será também aposta o Arkana, um novo SUV de formato Coupé pouco maior do que o Kadjar.
Apesar destas novas apostas, o foco da Renault passa por reduzir a gama atual em cerca de 30%, como parte de um plano de contenção de custos. Os nomes que se falam nesta altura são o Espace, Scénic e Talisman.
