VW poderá vender Lamborghini e Ducati

Herbert Diess

Restrições motivadas pelas emissões de CO2 poderão obrigar o grupo alemão a reformular a sua estratégia em relação ao fabrico de supercarros.

Além da Bugatti, que ao que tudo indica já foi vendida para a Rimac, o grupo Volkswagen está disposto a abrir mão da Lamborghini e Ducati, de acordo com a Reuters. Estes rumores não são de hoje, mas as cada vez mais apertadas normas de emissões de CO2 obrigam os fabricantes a ajudar rapidamente a sua estratégia. E no grupo alemão as coisas não são diferentes.

Durante uma reunião do conselho de administração do conglomerado sediado em Wolfsburg, o CEO Herbert Diess (na imagem) afirmou perentoriamente: “A Volkswagen precisa de mudar: de uma coleção de marcas valiosas e produtos fascinantes para motores de combustão que emocionam os clientes com uma engenharia excelente – para uma empresa digital que opera milhões de dispositivos de mobilidade de forma confiável em todo o mundo”. Estas palavras confirmam que o foco do gigante alemão é sobretudo a produção em massa de modelos elétricos, com o objetivo de “democratizar” ao máximo esta tecnologia, com economias de escala entre as marcas generalistas do grupo.

A decisão da venda da Lamborghini e do fabricante de motos Ducati será tomada até novembro. Aliás, nessa altura a administração da VW deverá anunciar que duplicará o investimento em mobilidade elétrica e em condução autónoma para 200 mil milhões de euros.

O grande dilema da VW é se investir na produção de um Lamborghini ou de uma Ducati elétricas, hipóteses aliás já em cima da mesa há algum tempo, seduzirá os clientes tradicionais, apreciadores dos tradicionais (e bem mais ruidosos) motores a combustão.

Em 2019, foram vendidos 4554 Lamborghini, 82 Bugatti e 53 mil Ducati.

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