A partir de janeiro, os construtores serão obrigados a ter uma média abaixo de 95 g/km de emissões de CO2 na Europa.
A dois meses do final do ano, a Ford anunciou a compra de créditos (também conhecido por “pooling”) de emissões de CO2 à Volvo, de modo a evitar multa na Europa. O construtor norte-americano diz que recall (devido a risco de incêndio) do Kuga PHEV, o primeiro híbrido plug-in da Ford, impediu a obtenção da média necessária para atingir os valores legais – cuja média a partir de janeiro de 2021 terá de ser abaixo de 95 g/km de CO2. Os valores envolvidos neste acordo não foram divulgados.
A modalidade de “pooling” de emissões é um recurso criado por Bruxelas para ajudar as marcas a alcançar as metas impostas. Isto significa que um fabricante pode chegar a acordo com outro e comprar o excedente ou parte da sua média de CO2 referente à gama. No caso da Volvo, a média é suficiente para vender à Ford e ainda sobra.
Não é a primeira vez que uma marca compra valores de CO2 a outra. Por exemplo, a FCA fez o mesmo com a Tesla e o grupo VW chegou a acordo com a divisão europeia dos chineses da SAIC (que inclui a MG). Ao que tudo indica, o grupo Renault também está à procura de um parceiro para a compra de créditos de CO2, de modo a evitar a multa.