O grupo Volkswagen pretende reposicionar a marca espanhola, passando-a de uma marca generalista mais acessível para uma marca assumidamente mais desportiva.
Herbert Diess, o CEO do grupo Volkswagen, tem uma ideia muito concreta quanto ao futuro da Seat. Em entrevista à Automotive News Europe, o “homem forte” do grupo alemão quer reposicionar a marca espanhola, passando-a de uma marca generalista para uma marca com um posicionamento assumidamente mais desportivo, mais upmarket. “Jovem, desportiva, desejável e emocional – é desta forma que posicionaremos a Seat um pouco mais acima”, dá a receita Diess, que quer assim aproveitar o facto de a marca espanhola ter os consumidores com a média de idades mais baixa do grupo. O alemão acredita que a marca espanhola tem bastante potencial (tendo recentemente criado uma submarca de modelos desportivos Cupra cuja primeira aposta é o Cupra Ateca, com 300 cv – na imagem) e que poderá ser uma marca concorrente da Alfa Romeo (onde o atual CEO da Seat, Luca de Meo, esteve durante dois anos). Assim, os modelos Cupra funcionariam como uma espécie de Quadrifogilo na Alfa Romeo.
Desde que de Meo assumiu os comandos da Seat os resultados mudaram de forma substancial, tendo passado de uma situação de prejuízo para um resultado operacional de 212 milhões de euros e um crescimento de 63% na primeira metade deste ano.
Aliás, apesar de atualmente o emblema italiano estar a viver tempos conturbados, houve uma altura em que a VW esteve interessada em em ter a marca italiana no seu portefólio. Mas, apesar da insistência do antigo chairman Ferdinand Piech, essas tentativas falharam.
Este reposicionamento da Seat pretende minimizar a concorrência interna dentro do próprio grupo, separando de forma mais clara o emblema espanhol da Skoda (mais “value for the money”) e da própria VW.
