Trata-se de uma das 75 unidades produzidas do modelo que se notabilizou pelos cinco triunfos nas 24h de Le Mans.
A Jaguar possui um longo historial no desporto automóvel, exemplo disso são as cinco vitórias à geral conquistadas nas 24 Horas de Le Mans ao longo da década de 1950. Na verdade, os modelos da marca britânica desta época são tão marcantes que, se lhe pedirmos para imaginar um automóvel de competição elegante, com uma pintura verde escura e uma “cauda de tubarão”, provavelmente pensou no D-Type.
O D-Type foi revelado em 1954 e veio introduzir soluções verdadeiramente revolucionárias para automóveis de competição, inovações essas que perduram até hoje. O chassis e a carroçaria foram construídos numa única estrutura, conhecida por “monocoque”, que tornava o modelo mais leve e permitia uma maior rigidez. Para o depósito de combustível foi utilizado um recipiente deformável. Já o sistema de travagem utilizava uns surpreendentes travões de disco. Todas estas inovações tornaram o D-Type um automóvel extremamente competitivo, prova disso são as suas três vitórias consecutivas nas 24 Horas de Le Mans. Esta unidade em específico do D-Type, com o chassis número XKD 520, é uma das 75 produzidas, e foi vendida em 1955 a um piloto australiano que a utilizou ao longo de vários anos para competir em provas no seu país até o vender. Este belo corredor acabou por trocar várias vezes de mãos, mas foi sempre imaculadamente conservado pelos seus donos.
De relembrar que o modelo detém o recorde do Jaguar mais caro de sempre vendido em leilão, com o preço final de aproximadamente 19,5 milhões de euros. Recentemente, a divisão de clássicos da Jaguar anunciou também a produção de 25 unidades de uma nova série. Este Jaguar D-Type vai agora a leilão realizado pela RM Sotheby’s que terá lugar em Paris, França, no próximo dia 5 de fevereiro. O preço estimado situa-se entre os 5,9 e os 6,4 milhões de euros.
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