Gordon Murray T.50 é o McLaren F1 do século XXI

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O derradeiro desportivo analógico tem posição de condução central, motor V12 naturalmente aspirado da Cosworth, ventoinha montada na traseira e é mais leve do que um Mazda MX-5.

O Gordon Murray Automotive T.50 foi finalmente mostrado. Com 4352 mm de comprimento, o novo superdesportivo é 27 mm mais curto que um Porsche Cayman, e com apenas 986 kg, é 90 kg mais leve do que um Mazda MX-5.

O T.50 é alimentado por um motor V12 com 3994 cc naturalmente aspirado, feito à medida pela Cosworth, a debitar 663 cv e 467 Nm de binário máximo, acoplado a uma caixa manual de seis velocidades, e auxiliado por uma ventoinha traseira com 400 mm que “puxa” o carro à estrada. Com apenas 178 kg, o motor atinge o “redline” às 12.100 rpm. A ventoinha opera até 7000 rpm com a ajuda de um motor elétrico de 48V. Este dispositivo funciona com os spoilers ativos traseiros e com os difusores de modo a aumentar reduzir o efeito de arrasto em 12,5% e a “downforce” até 50% em modo normal e 100% em modo Braking. O sistema também funciona como indução de ar para o motor, providenciando cerca de 50 cv adicionais. O carro tem seis modos surge dotado de seis modos de afinação aerodinâmica: Auto, High Downforce, Streamline, Braking, Test e V-Max Boost. Neste último, o carro tem a sua performance máxima de 700 cv.

Na dianteira, é fácil perceber as semelhanças entre o T.50 e um dos projetos mais conhecidos do designer britânico, o McLaren F1: ambos têm um “nariz” alongado e baixo, com linhas suaves, entradas de ar estreitas nos cantos e faróis em LED. Destaque também para o para-brisas amplo e arredondados, janelas nas portas de grandes dimensões e painéis transparentes no tejadilho se prolongam até à traseira. No teto há uma cavidade que direciona o ar para o motor V12 e quando as portas asa de gaivota estão abertas há uma zona transparente que permite ver parte da suspensão. Atrás, destaque para os farolins de aspeto 3D. As jantes forjadas são de 19 polegadas à frente de 20 atrás, calçando pneus Michelin Pilot Sport 4 S. Possui discos de travão carbocerâmicos de 370 mm à frente com pinças de seis êmbolos e discos de 340 mm e pinças de quatro êmbolos atrás. Quer o chassis quer a carroçaria são em fibra de carbono e segundo o fabricante a monocoque e os painéis exteriores pesam menos de 150 kg.

No interior, o T.50 tem caraterísticas similares ao F1, a começar pela posição de condução central com dois ocupantes posicionados atrás dele. Os comandos principais em alumínio estão colocados nos dois lados do volante em fibra de carbono e os pedais são em alumínio. Em vez de uma consola central, há um braço “flutuante” à direita do banco do condutor, onde estão os comandos para o sistema de infotainment um punho da caixa em titânio. O painel de instrumentos colocado em posição central tem um taquímetro de grandes dimensões ladeado de dois ecrãs digitais. Por fim, há câmaras em vez de espelhos retrovisores exteriores, um sistema de som com 10 altifalantes e compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple Carplay.

O T.50 será limitado a 100 unidades e os preços começam nos 2,6 milhões de euros. A produção arrancará em janeiro de 2022. Terminada a produção da versão de estrada, seguir-se-ão 25 unidades para pista.

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