Chegada do elétrico em 2023 poderá coincidir com o fim histórico utilitário de Wolfsburg, nalguns mercados.
Com muitos governos a anunciarem datas concretas (embora a médio-prazo) para o fim dos modelos a combustão, alguns fabricantes começam a reagir, como é o caso da Volkswagen que à custa disso poderá descontinuar gamas icónicas como o Polo, o Golf e o Passat – surgindo no seu lugar modelos equivalentes da família ID. Ouvido pela Auto Express, em maio, o responsável de vendas e marketing da VW, Jürgen Stackmann, disse que num (quase certo nos principais mercados mundiais) futuro “zero emissões” os modelos com motores a combustão como o Golf, por exemplo, não serão comercializados juntamente com os ID. Contudo, ambos serão vendidos em paralelo em mercados onde a proibição da comercialização de modelos equipados com motores térmicos ainda perdure por mais algum tempo. Stackmann adianta ainda que a nona geração do Golf será lançada antes da transição para um mercado 100% elétrico.
Agora, a imprensa alemã confirma que a marca de Wolfsburg está a desenvolver “a todo o vapor” um elétrico do tamanho do Polo, o ID.2 (na imagem, um “render”), para lançar em 2023. Esta nova aposta poderá, tal como acontece com o ID.3 em relação ao Golf, ditar o fim do Polo (um dos modelos mais antigos da marca – originalmente lançado em 1975). Prevê-se que o ID.2 venha a custar menos de 20 mil euros nalguns mercados e que será feito com a partir de uma versão adaptada da plataforma MEB utilizada no ID.3. Visualmente, o ID.2 poderá incorporar alguns elementos que o aproximam ao mundo dos SUV.
Abaixo do ID.2 será aposta em 2025 um novo modelo de acesso ID.1, alinhado com o atual Up. Este elétrico de acesso à gama será feito com base numa nova plataforma Small BEV. Um dos motivos que levará alegadamente à redução do preço destes dois novos modelos elétricos de acesso será a utilização de baterias de lítio-ferro-fosfato.
Com as restrições cada vez mais apertadas ao nível das emissões de CO2, o grupo VW estima que o “mix” das suas vendas de modelos “eletrificados” (elétricos e híbridos) na Europa represente cerca de 60% em 2030. O objetivo do construtor é fabricar 1,5 milhões de carros por ano até 2025, prevendo que a maioria deles serão comercializados no mercado europeu.