Renault 4L lusas concluíram rali de clássicos no Quénia

Renault 4L portuguesas no East African Safari Classic Rally

A Team Renault 4L 60th Anniversary – Portugal percorreu cerca de 5 mil quilómetros do East African Safari Classic Rally, no Quénia.

As duas duplas portuguesas da Team Renault 4L 60th Anniversary – Portugal, formadas por Pedro Matos Chaves/Marco Barbosa e por António Pinto dos Santos/Nuno Rodrigues da Silva, conseguiram concluir o East African Safari Classic Rally. Esse facto, aliado ao “espírito demonstrado” na prova de regularidade, que durou nove dias por cerca de 5 mil quilómetros pelas picadas do Quénia, e disputada com os carros menos potentes em prova, mereceu uma distinção por parte da organização.

“A dureza superou as nossas expectativas. Com uma 4L é muito duro mesmo, mas conseguimos chegar ao final, que era o que contava. O nosso carro era, de longe, o menos potente do pelotão, todo de série – fora o material de segurança – e com apenas 34 cavalos de potência, mas foi espetacular”, disse Marco Barbosa, um dos participantes. “As médias exigidas, não sendo altas, são muito duras com uma 4L. Chegámos a fazer ligação com a média exigida de 75 km/h, que é quase a velocidade máxima do carro. Em função do que vivemos, da dureza dos troços, da extensão da prova, é inacreditável o que os carros aguentam. Tivemos o carinho da caravana, porque ninguém acreditava”, sublinhou. “Um dia antes da partida, a equipa da Porsche, com pilotos como o norte-americano Ken Block, estava a posar para a fotografia quando nos viu passar. Pediram-nos para parar e fizeram questão de fazer a foto oficial com uma 4L à frente”, contou Marco Barbosa, que recordou que numa das primeiras das nove etapas que compunham a prova, um dos troços, com 88 quilómetros, “percorria uma montanha, até cerca de dois mil metros de altitude, em que foi necessário sair do carro e empurrar, fazendo parte do troço em marcha-atrás, por caminhos que um veículo de todo-o-terreno teria dificuldades em percorrer”.

António Pinto dos Santos, o promotor desta iniciativa, acrescentou que “a participação no Safari Classic e o facto de termos os dois carros à chegada de um dos ralis mais duros e difíceis do mundo só reforça a validade do projeto industrial da Renault 4, que se iniciou há 60 anos e que fizemos questão de vir comprovar ao Quénia, num fantástico evento. Foi uma aventura gigantesca. Nunca nos preocupamos com a classificação, mas enfrentamos, como é natural, alguns problemas de amortecedores, radiador e três furos. Conseguimos a proeza assinalável, em que muitos não acreditavam, de terminar a prova. Aliás, esta foi a 45.ª participação num rali com a Renault 4L e terminámos todas, o que prova a tenacidade deste modelo”, disse.

O requisito para participar nesta prova é que os carros fossem anteriores a 1986. No final, António Pinto dos Santos foi 39.º entre os 41 participantes que terminaram, enquanto a dupla Pedro Matos Chaves/Marco Barbosa foi a última.

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