Ao contrário do que sucede na Fórmula E, nesta categoria baseada na GT3 os construtores terão liberdade para desenvolver os carros.
A FIA anunciou a criação de uma nova categoria de GTs elétricos. Esta nova divisão de carros elétricos será similar aos atuais GT3, embora seja expectável que os supere em termos de aceleração e tempos por volta. A nova classe de GTs elétricos está aberta aos que já correm nos GT3 e que queiram converter os seus carros, mantendo a arquitetura e alguns dos seus elementos estéticos, mas também a construtores que queiram desenvolver os seus modelos elétricos. Dependendo do modelo, o peso mínimo dos carros varia entre 1490 e 1530 kg, e o máximo de potência está restrito a 430 kW/585 cv.
Estes novos GTs “zero emissões” pretendem estabelecer novos padrões em termos de performance e de autonomia. Sendo assim, cada construtor terá a liberdade para desenvolver os seus carros (contrariando o que sucede atualmente com a Fórmula E), incluindo a bateria, que será limitada a 87 kWh de capacidade – trabalhando em parceria com o fornecedor de células de iões de lítio da Saft (subsidiária da petrolífera Total). Assim, será possível aos engenheiros adaptarem os dispositivos de armazenamento de energia individualmente ao formato da carroçaria. Outra das particularidades desta classe de GT EV é que comportarão carregamentos ultrarrápidos até 700 kW (o dobro do que é atualmente utilizado em postos de estrada) que permitem encher 60% da bateria em escassos minutos durante uma paragem nas boxes. A juntar a isso, o construtor poderá escolher entre uma configuração de dois ou de quatro motores, dependendo do tipo de transmissão que utilizar. O controlo de binário também será permitido em cada roda. Estima-se que estes carros consigam acelerar de 0 a 100 km/h em 2,4 segundos e que atinjam uma velocidade máxima de 300 km/h.
A classe de GTs elétricos será uma competição de abrangência mundial e o promotor anunciará um campeonato em breve.
